Eu venho acompanhando os posts neste blog e tenho me mantido em silêncio, numa postura de mero expectador, interessado apenas na conclusão a que as discussões levarão, mas desta vez não aguentei mais ficar calado e venho aqui expressar meu protesto contra duas citações em dois posts do fórum de debates. São elas:
“Podemos concluir então que quem tem de evoluir é a matéria, não o Espirito, certo? Ou melhor, quem tem de evoluir é a mente humana para obter condições de receber os conhecimentos que o Espírito tem para lhe oferecer, é isso?!” – publicada em 11/10/2018 e
T — “Você está querendo dizer que quem evolui é a mente pensante e não o Espírito?
Z — Afirmo isso com total convicção”. – publicada em 18/11/2018.
Eu sou adepto da Doutrina Espírita e o trabalho mais importante que se faz é no sentido de auxiliar os Espíritos atrasados a evoluírem. O que você tem a dizer?
Caso autorize a publicação do meu protesto, no que não acredito, me identifique pelo nome de
Júlio Musquera.
Prezado Júlio Musquera,
ResponderExcluirDesculpe se contrario sua convicção ou algum postulado da Doutrina Espírita, mas sei que todos os Espíritos são criados diretamente por Deus, por derivação de Si. Logo, se admitirmos que os Espíritos podem ser atrasados e, portanto, imperfeitos, temos de admitir também que Deus, um Ser de Perfeição, produz imperfeições.
Eu teria muito mais a acrescentar nesta linha de análise racionalista, mas isso nos desviaria do foco principal. Assim, compartilho com você o entendimento que o homem de todos os tempos sempre sentiu a existência da Centelha Divina (Espírito) em si, mas também sempre tentou explicar para outros homens esta existência, tendo de fazê-lo de modo racional e lógico para ser compreendido, de vez que as pessoas com quem quer se comunicar só entendem o que for aprovado pela sua Faculdade Racional (esta fabulosa máquina de produzir questionamentos e oferecer respostas para os mesmos) a qual rejeita de pronto qualquer coisa que a supere.
Com o Espiritismo também se observa procedimento semelhante, daí a grande diversidade de explicações, pontos de vista e práticas espiritualistas. É a racionalidade humana explicando o que não entende!?
É entendimento amplamente aceito que a explicação com coerência lógica depende sempre de um referencial de comparação. Logo, labora na dualidade da matéria. Também é entendimento amplamente aceito que os Seres Espirituais pertencem ao Plano Absoluto (DIVINO), não oferecendo qualquer referencial para serem compreendidos pela lógica racionalista.
Portanto, qualquer tentativa que o homem faça para explicá-los a outros homens, o máximo que consegue é reduzir o Divino à dimensão humana.