Debate 2 - CIÊNCIA – Caminho alternativo para encontrar Deus


Observe esta imagem:


Veiculada pelo site “Ciência & Astronomia”
https://www.facebook.com/cienciaeastronomia/posts/1204051509655440 


Veja que o dedo de uma pessoa toca (ou parece tocar) o abdome de outra pessoa e, à medida que esta imagem vai se ampliando, mostra o efeito da aproximação (ou toque) de um corpo no outro, com indicação de transferência de energia ou substância entre os dois corpos.
Seguem-se numerosos comentários, alguns de conteúdo científico profundo, outros meramente especulativos e outros ainda muito bizarros, que beiram a banalidade.
Nossa atenção foi despertada para dois destes comentários de conteúdo conflitante, que reproduzimos em parte:
“... a Física moderna, mais especificamente a Física Quântica, afirma que é impossível tocar em algo de fato. A sensação do toque são repulsões elétricas, e o toque de fato não acontece, pois os átomos não se tocam nunca.”

“... se os corpos não se tocam nunca, como explicar o arranhão no meu braço produzido pela unha do meu namorado?...”

A discussão cientificista neste blog justifica-se pelo fato do “Ciclo de Estudos do Projeto Ser Total” indicar a genialidade científica como um dos meios para encontrar a Centelha Divina que todas as pessoas têm.


Venha conosco nesta incursão pelo Plano Relativo, através do qual pode alcançar o Plano Absoluto, em que Ciência e religiosidade se encontram e podem caminhar de mãos dadas, agindo e interagindo de modo a se complementarem e se fortalecerem mutuamente, na busca da Verdade que Liberta.

105 comentários:

  1. Esta imagem precisa ser ampliada o suficiente para mostrar o interior do núcleo de um átomo. Só assim conseguirá revelar o que acontece de fato quando dois corpos se aproximam ou se tocam.
    Do jeito que está só consegue estimular nossa imaginação e levar-nos a deduções superficiais e controversas a respeito do assunto.
    Diante do fato, deixo aqui a minha dedução, tão superficial e controversa quanto a de qualquer outro pobre mortal como eu:
    Aplaudo com entusiasmo quem afirma que os corpos não se tocam, de vez que são repelidos pela “energia” circundante.
    Aplaudo com igual entusiasmo quem pede explicações para o fato de alguém poder feri-la com um arranhão, etc. e tal...
    A contradição aparente (e só aparente) do meu aplauso, está no fato dos dois comentaristas atribuírem conceitos semelhantes a realidades completamente diferentes, ou seja, um se refere a corpos do microcosmo e o outro a corpos do macrocosmo.
    Este assunto pode e deve ser analisado com maior profundidade, num espaço mais amplo, de vez que coloca a ciência no limiar de uma descoberta grandiosa para a humanidade.

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  2. Hamal∴31 de outubro de 2016 14:18
    Olá,

    Por conhecer um pouco da base e dos objetivos desse projeto, venho trazer os seguintes questionamentos.

    Poderia a Física moderna, que estuda o interior do átomo, o comportamento das partículas que compõe este, demonstrar como este é de fato? Ou só a mente, desprendida das amarras materiais, poderia ter tal conhecimento?

    A Física Quântica afirma que não existe o toque, quando chegamos no limite de "encostarem algo" o que acontece são repulsões elétricas, pois os átomos não podem tocar uns aos outros. Isso é real? Como então pode um corpo, uma pedra, uma árvore, intacta? Qual a força que une os átomos até se formar uma pedra, uma árvore, intacta? Qual a força que une os átomos até se formar uma vida?

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  3. Prezado Hamal,
    Esta dúvida não cabe mais. Os cientistas conhecedores da Física Quântica só têm legitimidade para afirmar que “...é impossível tocar em algo de fato...” se tiverem conhecimento da existência de um “espaço vazio”, que separa todos os componentes do núcleo do átomo.
    A contribuição que “...a mente, desprendida das amarras materiais...” pode dar, é sinalizar para a ciência a realidade da inexistência do “nada”, de vez que o espaço que separa e aproxima todos os elementos constituintes do núcleo dos átomos, está preenchido pela Substância Simples que se modificou para dar origem a tudo que existe no plano material.
    Nesta dimensão, a ciência encontra um limite além do qual não consegue passar por falta de um referencial de comparação, de vez que no Plano Absoluto tudo que é simplesmente é...
    Quando muito, a Física Quântica poderia mensurar a distância que separa os elementos do núcleo dos átomos, em função dos diferentes corpos materiais a que dão origem.
    O que a Física Quântica talvez ainda não conheça é a natureza daquilo que ocupa este “espaço vazio” e, por isso, o denomina simples e superficialmente de “repulsões elétricas”.
    “Qual a força que une os átomos até se formar uma vida?” Pergunta você, meu caro Hamal.
    Quando a Física Quântica dispuser de recursos para mensurar o imponderável, descobrirá que não existe uma força ou energia unindo átomos até formarem uma vida; o que existe é a solicitação de um elemento nuclear, em fase de grande instabilidade que põe em risco sua sobrevivência, no sentido da Substância Simples, da qual ele se originou e em meio à qual subsiste, para que crie o(os) elemento(os) que ao interagir(em) com o primeiro, proporciona(m) estabilidade assecuratória da sobrevivência de todos.

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  4. Não podemos querer explicar tudo que nos rodeia. Há coisas que não se explicam, apenas acontecem... A ciência procura sempre resposta para tudo com base na razão mas mesmo para isso eles têm de acreditar que é possível encontrar essa resposta e acreditar não é nem perto nem de longe do foro racional pois muitas vezes vai para além do que a razão pode explicar.
    É quase como a mítica frase: "Acreditas em coisas impossíveis?"
    Se pela ciência nada se toca como explicamos o som provocado pelo choque entre objetos? Como explicamos o abate de uma árvore?

    Por outro lado o "não toque" pode despertar outras sensações de formas diferentes. Será que podemos quantificar o Amor? Ou racionalizar o Amor?
    É uma coisa que fisicamente não toca em ninguém mas faz aumentar a pulsação, faz aumentar o fluxo sanguínio pelo aumento do batimento cardíaco, e, muitas vezes, faz despertar um corpo dum coma!!!

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    1. Prezados “Gregos e Troianos”, sua abordagem é tão rica de significados múltiplos e profundos, que oferece o risco de atrair o interesse para uma ou outra abordagem, em detrimento das demais, sendo que todas merecem igual atenção e resposta específica.
      Assim, para evitar dispersão do pensamento, vamos tratar uma de cada vez. Escolhemos começar pela indagação: “Se pela ciência nada se toca como explicamos o som provocado pelo choque entre objetos?”
      RESPOSTA: Em suas andanças pelo Plano Absoluto, Gabriel Flamens relata um fenômeno que lhe foi dado presenciar relacionado com a criação de vida material, em que os elementos componentes do núcleo de um átomo estão próximos uns dos outros o suficiente para interagirem e se beneficiarem mutuamente desta interação, mas não se tocam; entre eles existe um espaço preenchido pela Substância Simples da qual todos os elementos se originaram e em meio à qual subsistem. Esta Substância Simples (Fonte de Vida) está dentro e entre tudo que existe no Plano Material.
      A descrição citada indica o acerto da Física Quântica quando afirma a impossibilidade do toque entre dois corpos, mas aplica-se apenas aos corpos em sua constituição mais simples, ou seja, componentes do núcleo dos átomos e respectiva eletrosfera; de vez que nos corpos complexos a ação intercorporal e efeitos dela decorrentes, como o som citado no exemplo de Gregos e Troianos, pode ocorrer sem que haja o toque a nível atômico.
      O conhecimento desta realidade tem contornos muito mais profundos e subtis, mas Gabriel Flamens ofereceu uma compreensão da mesma limitada à capacidade de explicá-la pelos meios de comunicação conhecidos, bem como à capacidade de compreendê-la pela Faculdade Racional Humana.

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  5. Caro Zeferino, em seu comentário de 07/11 você grafou entre aspas “espaço vazio”, querendo significar algo diferente. Se existe este espaço separador dos prótons, nêutrons e demais elementos nucleares, e não é vazio, pelo contrário, está cheio de Substância Simples da qual se originou tudo que existe no Plano Material, o que existe além desta Substância Simples? Qual a contribuição que a Física Quântica poderia oferecer para elucidar esta dúvida?

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    1. Além da Substância Simples, existe sua Fonte de Origem.
      A Física Quântica tem uma valiosíssima contribuição a oferecer para o conhecimento desta Fonte de Origem, mas precisará vencer este desafio por etapas, como se subisse uma escada, galgando um degrau de cada vez.
      Assim, de imediato poderia determinar a distância que separa os elementos do núcleo dos átomos pertencentes ao grupo constituinte de cada Elemento da Tabela Periódica; de modo a evidenciar as diferenças e semelhanças entre cada grupo que respondem pela existência diferenciada desses grupos.
      Este conhecimento, por simples comparação entre os átomos do Hidrogênio e do Laurêncio, por exemplo, ensejaria uma incursão mais profunda da Física Quântica na direção do encontro da Fonte de Origem da Substância Simples.

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  6. ua descrição do processo de criação de vida material é sufocante, mas maravilhosa, levando mesmo a repensar o entendimento que até aqui eu tinha como definitivo e inquestionável.
    No entanto, esta imagem é altamente indicativa do que acontece quando um corpo se aproxima ou “toca” o outro. Além disso, a Física Quântica afirma que “é impossível tocar em algo de fato. A sensação do toque são repulsões elétricas, e o toque de fato não acontece pois os átomos não se tocam nunca.”

    Diante desta demonstração científica, você mantém a afirmação que esta imagem precisa ser ampliada ainda mais para conseguir revelar o que acontece quando dois corpos se aproximam ou se tocam!?

    Lembre-se que a Física Quântica é a última palavra em matéria de conhecimento científico sobre a origem e constituição dos corpos físicos, sem deixar margem para contestações que se sustentem. Mas se você tem algo a acrescentar, a hora é esta e o espaço está aberto.



    Retomando o ponto principal, você falou em ampliar esta imagem até mostrar o interior do núcleo de um átomo, admitindo que isso venha a ser possível à moderna ciência Física, o que a imagem assim ampliada mostraria?

    Será que a Física Quântica é o limite além do qual a inteligência humana não consegue passar?

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    1. Começando da frente pra trás, afirmo com convicção que a moderna ciência Física está no limiar da descoberta do que realmente acontece, tanto com relação à formação de corpos densos, quanto à ação interativa entre dois ou mais corpos complexos, que vão desde o arranjo entre átomos até o mais grotesco fio de cabelo. Daí se conclui que a Física Quântica ainda tem valiosíssima contribuição a oferecer à inteligência humana.

      Esta imagem ampliada o suficiente para mostrar o arranjo entre os elementos constituintes do núcleo de um átomo, mostraria a existência de um espaço entre cada elemento do núcleo de todos os átomos e, mais ainda, poderia mostrar que este espaço não está vazio e sim preenchido pela Substância Simples da qual se origina tudo que existe no Plano Material.

      Ainda que a Física Quântica consiga demonstrar a existência da Substância Simples, não terá demonstrado plenamente o que acontece quando dois corpos se aproximam ou se tocam, de vez que este fenômeno vai além da materialidade mensurável cientificamente; até porque nele intervêm seres do Plano Espiritual.

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  7. Volto aqui para dizer que tenho acompanhado com vivo interesse este debate e percebo a profundidade dos questionamentos e respectivas respostas, mas algumas destas respostas em vez de esclarecer confundem ainda mais, como é o caso da resposta ao comentário de Hamal, publicado dia 11, na qual fala de “distância que separa os elementos do núcleo dos átomos...”; deixa entender que existe uma Fonte de Origem da Substância Simples e que esta Substância Simples é que dá origem a tudo que existe no plano material, como se fora ela a verdadeira fonte de vida?! Isto exige uma explicação convincente. Pode explicar?

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  8. Caro Totman, Vamos ver se a gente se entende:

    Em suas andanças pelo Plano Absoluto, Gabriel Flamens relata a criação de vida material, de modo a ensejar o seguinte entendimento:

    Ao atingir determinado nível de afastamento do seu ponto de origem, a Substância Simples adquire capacidade para se modificar, parte dela se modifica transformando-se no primeiro elemento do primeiro núcleo do primeiro átomo; está criada vida material...; mas a existência deste corpúsculo era fugaz e instável, quase no mesmo instante em que se formava se desintegrava, voltando à condição de Substância Simples; sendo que este ser e não ser quase instantâneo criava tensão na porção de Substância Simples circundante, que levava parte dela a se modificar para dar origem a outro corpúsculo diferente do primeiro, do qual o segundo se aproximava e interagia com este, proporcionando estabilidade e equilíbrio assecuratório de maior durabilidade aos dois.

    O entendimento descrito acima decorre da seguinte narrativa:
    “...pequenas porções da substância se modificavam, se destacavam do todo, adquiriam forma diferente, com aspecto mais denso, traços definidos; não eram mais iguais à substância primitiva geral; moviam-se no meio desta mas não eram iguais a esta; tinham contornos e aparência bem definidos. 80.96. O aspecto destas porções de substância primitiva era esferoidal. 80.97. Estas esferas moviam-se de forma diferente da substância que as envolvia, mas acompanhavam esta em seu movimento geral de afastamento do núcleo gerador. 80.98. Em seguida, pude ver que parte da substância primitiva que estava próxima de cada uma dessas esferas, também se modificou, destacou-se da porção principal e se aproximou da forma esferoidal anterior, passando a mover-se em torno desta, acompanhando-a em seu movimento dentro da substância primitiva, mas mantendo seu movimento próprio em volta da esfera maior da qual se aproximara. 80.99. Agora cada uma das esferas anteriormente criadas estava acompanhada por uma partícula, menor que elas, da substância primitiva que se modificara e o movimento de criação de novas partículas que se juntavam à já existente e iniciavam, com esta, movimento circular em volta da esfera, continuava. 80.100. E novas esferas se formavam e novas partículas se juntavam a elas, e outras e mais outras, e era incessante o movimento de criação de esferas e partículas; até que em dado momento, já podia ver grande quantidade de esferas, cada qual acompanhada por uma quantidade de partículas diferente. 80.101. Cada grupo assim formado movia-se em meio à substância primitiva isoladamente; cada qual conservava seu movimento próprio, até que pude ver que duas esferas, com suas partículas, se aproximaram uma da outra até ficarem a uma distância tão pequena, que as partículas de cada uma passaram a mover-se em torno das duas esferas. 80.102. E outras se juntaram a estas, e mais outras e outras, até formarem um corpo formado por várias esferas que, por sua vez, era rodeado pelo movimento das partículas de cada uma que, juntas, formavam um todo; um corpo novo, maior, composto pela integração de diversos corpos menores, sendo que cada um destes corpos menores conservava as partículas que se moviam em torno de si, sendo que entre a esfera e cada partícula, assim
    como entre cada partícula de cada esfera, havia um espaço preenchido pela substância primitiva com a qual eu estava integrado nesse momento e da qual eu fazia parte, à qual eu pertencia; eu era ela e ela era eu...”

    Livro “Ser Total” Volume 1 - pgs. 76/77, a ser publicado em breve, com distribuição simultânea em Portugal e no Brasil pela CHIADO EDITORA: https://www.facebook.com/ChiadoEditora/

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  9. Olá Zeferino, eu tenho acompanhado este debate sem me manifestar, querendo ver os rumos que ele toma, mas começo a me sentir perdido, porque ele está assumindo um significado muito profundo.
    Não é tanto pelo conteúdo cientificista e filosófico; é mais porque vai deixando em seu rastro alguns pontos importantes sem resposta. Eu preciso esclarecer estes pontos e estou disposto a ir ao seu encontro para tratarmos disso pessoalmente. Sei como encontrá-lo, você me recebe?

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  10. Estou à sua disposição. Venha quando quiser. Eu só não concordo quando você diz que tem acompanhado o debate sem se manifestar, porque você tem sido um dos mais ferrenhos questionadores; daqueles que “pegam na jugular” e apertam, apertam e continuam apertando.

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  11. Sou Totman da Silva. Muito obrigado por me receber. Podemos coversar?
    Z G. .- Sou todo ouvidos e prometo não deixar pergunta sem resposta, até porque não tenho qualquer dificuldade em dizer “não sei.”
    T. S. – Para não parecer que eu sou maluco ou desligado, quero deixar claro que quando eu disse que “tenho acompanhado este debate sem me manifestar...”, quero dizer apenas que fiquei esperando o desenrolar do debate, na esperança que os pontos que foram deixados no “vácuo” viessem a ser tratados e esclarecidos, mas isso não aconteceu. Por isso, como você prometeu que não deixará pergunta sem resposta, eu prometo que não deixarei escapar nada, por mais árido ou complexo que seja.

    No post de 31/10/2016, Hamal pergunta: “Poderia a Física moderna, que estuda o interior do átomo, o comportamento das partículas que compõe este, demonstrar como este é de fato? Ou só a mente, desprendida das amarras materiais, poderia ter tal conhecimento?”
    Você não ofereceu resposta satisfatória a esta pergunta. Pode responder agora?
    Z. G. – A mente humana, de acordo com a definição convencional, também não poderia obter tal conhecimento.
    T.S. – Então, como afirmar que alguém detenha esse conhecimento?
    Z. G. – A mente desprendida das amarras materiais cria condições para o conhecimento que procura ser transmitido à sua consciência pelo componente de natureza divina que todas as pessoas têm.
    TS – Se todas as pessoas têm, eu também tenho, certo? Logo, se eu me desprender das minhas amarras materiais, posso obter esse conhecimento?
    ZG – Esse e qualquer outro que esteja procurando, quer se refira às coisas de natureza material ou às coisas de natureza não material.
    TS – Começou a confundir de novo. O que é de natureza material e não material?
    ZG – De natureza material é tudo que estiver sujeito a ser modificado pela ação, pensamento ou sentimento humano. De natureza não material é tudo pertencente ao Plano Absoluto, em que habitam os Seres Espirituais que intercedem por nós, nos protegem e interferem diretamente em nossas vidas, podendo essa interferência espiritual ser benéfica ou maléfica.
    TS – Vejo que esta conversa vai longe e eu não posso ficar sem entender, tim tim por tim tim, o significado exato de tudo, principalmente o que estiver relacionado com o que você denomina Plano Absoluto. Por isso eu preciso ficar por aqui e dar-me um tempo para assimilar o conhecimento que você acaba de me passar.
    Muito obrigado por me receber.
    Posso voltar outra vez? Ou melhor, como você é difícil de encontrar, eu posso me comunicar com você por e-mail, lhe expor meus questionamentos e, uma vez esclarecidos, você postar no blog?
    ZG – Venha quando quiser, mas se ficar mais fácil, pode usar o e-mail, como sugere, o que não pode é silenciar diante de uma dúvida ou contestação.

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  12. Totman da Silva, por e-mail, deu sequência ao debate, apresentando o seguinte questionamento:
    TS – Agora, sim. Por aqui podemos conversar melhor, analisar, discutir, corrigir nossos equívocos e partilhar no blog só o que você considerar que pode ser de interesse geral.
    ZG – Ok. Diga lá.
    TS – Se tudo que estiver sujeito a ser modificado pela ação, sentimento ou pensamento humano é de natureza material, como indicou em sua resposta anterior, sou forçado a admitir que emoções, prazeres, alegria e tristeza, maldade e bondade, amor e ódio, também são de natureza material, certo?
    Se é assim, como entender isso racionalmente, sabendo que a razão humana só consegue compreender a partir de um referencial de comparação? Onde está o referencial para estes sentimentos? Lembre-se que é natural a rejeição de tudo que não for possível compreender racionalmente!

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    1. Certíssimo, meu caro Totman. Nada mais natural, espontâneo e, por vezes, precipitado, do que a racionalidade humana rejeitar tudo que não puder compreender.
      Mas é tão fácil identificar os referenciais de comparação dos sentimentos citados por você, que nem preciso mostrá-los; também são facílimas de reconhecer as causas para a ocorrência dos mesmos, não é verdade?
      Quero lembrá-lo que a razão de existir deste espaço é incentivar o autoconhecimento e decorrente reconhecimento do potencial de realização que cada um possui, aumentando o autoestima, de modo a libertar-se da dependência de quem quer que seja.
      De modo coerente com esta diretriz, recomendo que você me envie por e-mail todos os referenciais de comparação de cada um dos sentimentos mencionados, assim como as respectivas causas. Eu prometo ajudá-lo em suas dificuldades, mas não posso fazer por você nada que esteja ao seu alcance, sob pena de repetir o erro milenar de me apresentar como aquele que sabe ensinando aquele que quer aprender, de vez que isto cria uma imagem idolátrica e gera uma dependência que me proponho a combater.
      Para facilitar, lembro que, embora nem tudo possa ser demonstrado pelos meios convencionais utilizados pela ciência, tudo que for passível de modificação pelo homem é de natureza material.
      Este entendimento tem por finalidade:
      1. Mostrar que as possibilidades do saber científico vão muito além do que é conhecido hoje:
      2. A Faculdade Racional Humana tem limites, mas estes são muito mais amplos do que é possível imaginar;
      3. O Plano Absoluto, em que habitam os Seres Espirituais, não pode ser compreendido nem explicado racionalmente; assim como não está sujeito a interferências do homem.
      Por fim, lembro que este debate está subordinado ao tema “Ciência, caminho alternativo para encontrar Deus”. Por esse motivo, peço que direcione prioritariamente seus questionamentos e contestações para o enfoque cientificista.

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  13. E Totman da Silva continuou apertando a jugular:
    TS – Você afirma que a Faculdade Racional Humana tem limites. Isto me autoriza a lhe perguntar e lhe impõe a obrigação de responder: até onde vai o limite da Faculdade Racional Humana?

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    1. A capacidade humana de adquirir conhecimentos pela via racional encontra seu limite na parte de natureza material da consciência. A partir daí, depara-se com a parte de natureza não material da mesma consciência, em que não tem condições de penetrar.

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  14. TS – Você é louco ou quer me deixar louco!?
    Que história é essa de parte da consciência? O conceito de consciência é tão abstrato e intangível, que tanto cientistas como filósofos referem-se a ela de modo vago e impreciso. Agora você vem segmentar a consciência em parte de natureza material e parte de natureza não material?! Isto exige uma explicação pra lá de convincente!

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    1. Não se exaspere, meu caro Totman, estamos começando a nos entender.
      Sua ânsia de conhecimentos o leva a mergulhar cada vez mais fundo na Essência do Ser; só precisa deixar fluir, sem julgamentos do que desconhece nem submeter tudo à aprovação prévia da sua Faculdade Racional.
      Lembre-se que a melhor resposta para seus questionamentos é a que você conseguir encontrar...

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  15. TS - Prezado Zeferino Gabriel, percebo que lhe propus um questionamento que você não está capacitado para elucidar, desculpe pelo embaraço que lhe causei. Eu estou vivamente empenhado na busca de conhecimentos que satisfaçam minha sede de saber, mas posso pegar mais leve e abordar tópicos mais simples. Só preciso da confirmação que você se esquivou da minha pergunta por não saber como respondê-la. É isso mesmo?

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    1. Não, meu caro Totman. Eu não me esquivei do seu questionamento, nem ele me causou qualquer embaraço. Apenas fiquei meio reticente porque para elucidá-lo temos de mergulhar na dimensão da pararracionalidade e nesta a Faculdade Racional não consegue penetrar. Trata-se de um estado mental acessado pelos cientistas que, tendo alcançado a totalidade do saber científico a que se consagraram, percebem que existe algo mais além dessa “totalidade” do saber e tornam-se receptivos à aquisição desse “algo mais”. Com estes acontece um acréscimo ao saber científico até então conhecido, o qual é denominado de “Genial”.
      Sim, é isso mesmo. Receba esta informação com naturalidade, sem êxtase nem ceticismo, de modo a reconhecer que os avanços científicos que nos deslumbram e beneficiam grandemente, foram produzidos pelos cientistas que penetraram na dimensão da genialidade.
      A satisfação do seu questionamento de 10/01/2017 precisa deste estado mental, de vez que estaremos tentando demonstrar uma realidade que vai além do que a Faculdade Racional pode alcançar, mas temos de apresentá-la de modo a ser compreendia pela Faculdade Racional. Percebe o paradoxo?!
      Por outras palavras, Você precisa empenhar o melhor do seu esforço para compreender tudo racionalmente, e aceitar com naturalidade o entendimento do que não for possível compreender, ou seja, não resistir ao que supera a Razão, não bloquear nada que seja transmitido à sua consciência até que esta receba a totalidade do que lhe está sendo transmitido.
      Fique tranquilo quanto ao risco de perder qualquer componente do conhecimento assim obtido, porque não existe esta possibilidade. No exato instante em que a consciência recebe o novo conhecimento, transmite-o à memória, tornando-o acessível à Faculdade Racional. Só então a Razão lógica se apodera dele, o decodifica a seu modo e o deixa em condições de ser compartilhado com outras pessoas.
      E então, meu caro Totman, está preparado mentalmente para mergulhar no conhecimento da consciência humana segmentada?

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  16. TS – Agora fiquei na dúvida, não sei se estou preparado mentalmente da forma que propõe, mas sei que quero muito seguir nesta senda e ir até o final da linha, ou até onde eu puder alcançar. Não me poupe, diga o que tiver para dizer com a profundidade e maior significação que tiver, sem se preocupar se o acompanho ou não. Só assim descobrirei meus limites, mas quero conduzir este assunto. Por isso, pergunto: O que é a dimensão da pararracionalidade?

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  17. ZG – Em parte a sua pergunta já foi respondida, mas vejo que não ficou claro. Vamos lá: Dimensão da pararracionalidade é uma condição mental em que convivem lada a lado, interagem e se complementam a Faculdade Racional e o componente de natureza divina da própria pessoa.
    Este componente humano, que alguns chamam de Espírito, outros chamam de Alma, outros de Centelha Divina, etc., estando a mente na condição antes indicada, pode lhe trazer o conhecimento que a Faculdade Racional não teve condições para obter.

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  18. TS – Acho que começo a entender, não porque sua explicação faça sentido lógico ou tenha alguma coerência, e sim porque me sinto bem com a maneira como você trata deste assunto. É como se algo em mim aprovasse o que você diz, entende?
    Agora acho que estou em condições de retornar ao questionamento de 10 deste mês, quando o “intimei” a explicar de modo convincente a divisão da consciência em parte de natureza material e parte de natureza não material. Pode dar essa explicação?
    Quero lembrá-lo que você se comprometeu a explicar de modo racional até o que não é compreensível pela Faculdade Racional, lembra-se?

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    1. Meu caro Totman, já que você confessa que se sente bem ao tratar de assuntos que sua Razão Lógica não consegue explicar, eu me atrevo a dizer-lhe que é amplamente aceito na cultura oriental o entendimento que “...quando o Discípulo está pronto, o Mestre aparece.”
      Voltando para seu questionamento, em virtude da aridez do assunto, acho melhor tratarmos do mesmo por etapas, de modo a só avançarmos à etapa seguinte depois de vencida a etapa que estiver em análise, OK?
      Começo lhe solicitando que vá para a página do “Projeto Ser Total - Apresentação”, analise a figura 7 e me diga a que conclusão sua análise o levou.
      Inicialmente, podemos nos comunicar por e-mail, assim você fica mais à vontade, podemos trocar ideias e debater o assunto sem que você se exponha publicamente.
      Só depois de chegarmos a um entendimento que seja edificante é que seu comentário será publicado no blog.
      Então, e só então, passamos para a etapa seguinte deste que promete ser o debate mais esclarecedor e de mais amplos benefícios para todos. combinado?

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  19. TS - Não concordo! Agradeço seu empenho em me proteger, mas eu não vou tratar nada com você em particular. Quero partilhar com todos que nos lêem minhas dificuldades e o progresso que vier a alcançar. Por isso, lhe peço para publicar meus comentários exatamente como eu os escrever, sem tirar nem acrescentar uma vírgula sequer.
    Começo dizendo que não entendi nada da figura 7. Você tem base científica para sustentar que essa figura mostra o arranjo do cérebro humano?

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    1. Não tenho base científica, nem a figura 7 mostra o arranjo do cérebro humano. O que ela pretende é oferecer uma ilustração da existência das diferentes instâncias de aquisição do conhecimento.
      Acho que se você analisar todas as figuras da apresentação do projeto e correlacionar cada instância com a descrição de como ela funciona, poderá adquirir entendimento suficiente para formular seus questionamentos. Vamos lá?

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  20. TS - O que você quis dizer com “instâncias de aquisição do conhecimento”? Será que você não se confundiu e quis dizer instâncias do conhecimento, sem a frase “de aquisição”?

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    1. Não. O entendimento só fica correto com a expressão “instâncias de aquisição do conhecimento”. Isto porque para adquirir conhecimento é necessário ativar um conjunto de componentes cerebrais, em que cada um desempenha as funções que lhe são próprias, em função da especificidade de que é dotado.
      Por outras palavras, as figuras ilustrativas constantes da apresentação do “Projeto Ser total” mostram que a primeira instância acionada no processo de aquisição do conhecimento é a VONTADE. Isto porque, em condições normais, uma pessoa sadia decide fazer ou não fazer, falar ou não falar, etc., em função dos estímulos enviados ao grupo de neurônios componentes desta parte do cérebro.
      A segunda instância é a Faculdade Racional que, ativada pelo QUERER, se empenha na elaboração da maneira de obter o que foi objeto do desejo.
      A terceira instância é a Parte de Natureza Material da Consciência, de vez que para esta são transferidas as conclusões a que chegou a Faculdade Racional. Só neste estágio alguém pode dizer que obteve o conhecimento que procurava.
      Espero, meu caro Totman, ter deixado claro que a obtenção do conhecimento é um processo em que intervém numerosos grupos de neurônios, cada grupo especializado e apto a desempenhar as funções que lhe são próprias. Espero também que reconheça que a melhor maneira de se referir a este processo é denominá-lo: “articulação entre as diferentes instâncias de aquisição do conhecimento.”
      A figura 14 da apresentação do projeto sintetiza esta articulação e oferece uma noção básica dos estímulos que acionam nossa estrutura neuronal.

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  21. TS – Agora ganha sentido o que vc quis dizer com instâncias de aquisição do conhecimento, mas a figura 7 mostra outros “departamentos” do cérebro humano. De todos, o que me chamou mais atenção foi a “parte de natureza não material da consciência”.
    Qual a função desta instância? Que tipo de conhecimento ela transmite? De onde obtém os conhecimentos que transmite, se é que obtém e transmite algum conhecimento?

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    1. Meu caro Totman da Silva, Você acabou de abrir uma discussão que nos coloca no limite da capacidade racional humana de adquirir conhecimentos.
      Também nos coloca diante do limite da matéria e abre um imenso “Portal” que, ao ser atravessado, projeta o ser humano na dimensão do Plano Absoluto.
      A linguagem humana não dispõe de recursos para expressar a realidade do Plano Absoluto de maneira que a racionalidade humana possa compreender, mas só dispomos da racionalidade humana para compreendê-la.
      Isto, para além de ser paradoxal, é um desafio só possível de vencer se contar com a elevada compreensão e disposição de cooperar daqueles que recebem a mensagem, de modo a deixar fluir, sem censura nem julgamentos prévios, o todo da significação que transmite.
      Feitas estas observações preliminares, estou disposto a arriscar dizer-lhe que a parte de natureza não material da consciência recebe os conhecimentos transmitidos pelo espírito (Centelha Divina) da própria pessoa, transferindo estes conhecimentos imediatamente à parte de natureza material da mesma consciência (a menos que esta esteja obstaculada por qualquer fator impeditivo) de onde podem ser acessados pela Faculdade Racional, que pode se apropriar dos mesmos e decodificá-los, deixando-os em condições de serem transmitidos a outras pessoas.
      Muito ainda há que falar a respeito desta instância de aquisição do conhecimento, mas para não desviar do foco antes indicado, direi apenas que a parte de natureza não material da consciência pode se deslocar do corpo e acompanhar o espírito em suas andanças pelo Plano Absoluto.

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  22. Totman da Silva, por e-mail: – “limite da capacidade racional humana”; “limite da matéria”; “dimensão do Plano Absoluto”; “conhecimentos transmitidos pelo espírito”; “consciência pode se deslocar do corpo e acompanhar o espírito em suas andanças pelo Plano Absoluto.”
    Ufa! Ufa!! Quanta coisa numa resposta só! Nem sei por onde começar. Vou arriscar pelos dois primeiros, porque me parecem de compreensão mais fácil.
    Explique se puder, de modo compreensível pela Razão, o que é o limite da capacidade racional humana de adquirir conhecimentos.
    De modo semelhante, explique o que devo entender por “limite da matéria”.
    Depois, se você ainda tiver fôlego, tratamos dos outros tópicos.

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    1. Prezado Totman, os dois tópicos que você pede para esclarecer já foram tratados neste debate e satisfatoriamente esclarecidos. Por isso, lhe direi apenas que a Faculdade Racional humana só consegue compreender e explicar o que puder comparar. Logo, sem um referencial de comparação ela se perde e começa a lucubrar um entendimento imaginário. Aqui ela se depara com seu limite.
      Quanto ao limite da matéria, este está estabelecido no “vir a ser”. Ou seja, na Fonte de Vida Material, a Substância Simples de que fala Gabriel Flamens, a qual tem capacidade para se modificar, transformando-se no componente que faltar para produzir estabilidade duradoura aos elementos já existentes. Assim, só para exemplificar, embora de modo simplório, se uma célula orgânica morre, seja por um corte acidental da pele ou vitimada por um vírus, a Substância Simples que está entre todos os elementos que formam aquele corpo, agora em desequilíbrio, em condições normais, reproduz a célula que deixou de existir, reconstituindo a parte lesionada e devolvendo o equilíbrio assecuratório da saúde da parte que foi danificada.
      Espero que esta abordagem, combinada com os esclarecimentos constantes dos posts de 25/12/2016; 2, 3, 5, 7 e 8/01/2017, tenha lhe oferecido a colaboração que você solicitou, de modo a que você mesmo possa elaborar o melhor entendimento sobre o assunto, mas se assim não foi, se persistir algum dificuldade, não hesite em questionar; só lhe peço que formule seus questionamentos de modo abrangente para que mais pessoas também se beneficiem deles.

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  23. Caro Totman, desculpe minha demora em publicar seu comentário, mas é que fui surpreendido por acontecimentos que me impediram de visitar o blog. Agora tudo volta ao normal.

    Totman da Silva, por e-mail: - OK, Ok, desculpe a minha falta de atenção.Embora meio repetitivo, este esclarecimento tornou mais claro e mais completo o entendimento.
    Agora, essa da consciência poder se deslocar do corpo e acompanhar o espírito em suas andanças pelo Plano Absoluto, eu nunca ouvi falar disso, e olha que eu leio muito e sou apaixonado pelo assunto.
    Sobre isso, eu lhe peço que esclareça o melhor que puder, de vez que tenho a sensação de estarmos tratando de algo absolutamente inédito.

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  24. Prezado Totman, se o assunto é inédito ou repetitivo, eu não sei, mas sei que ele é suficientemente importante para ser tratado de modo completo e com a profundidade que contém. Por isso, peço desculpas antecipadas se a abordagem ficar demasiado longa:
    É preciso deixar absolutamente claro e aceito sem sombra de dúvida, que a consciência humana está dividida em duas partes, sendo uma de natureza material e outra de natureza não material (pode chamar de natureza divina se o termo lhe significar de modo mais completo).
    Quanto à parte de natureza material, sua função no processo de aquisição de conhecimentos é evidente e dispensa considerações mais aprofundadas, bastando repetir o que já foi dito antes e está sinteticamente demonstrado na figura 10 das ilustrações que acompanham a apresentação do Projeto Ser total neste blog, que recebe o entendimento elaborado pela Faculdade Racional, transmitindo-o imediatamente à memória, de onde pode ser acessado a qualquer tempo e, em condições de saúde mental, em qualquer fase da vida.
    Nosso desafio mais instigante prende-se à Parte de Natureza Não Material da Consciência. Esta sim, desempenha um papel fundamental para a saúde física e para o processo evolutivo de cada pessoa.
    Em apertada síntese, direi que é esta instância de aquisição do saber que recebe o conjunto de informações passadas pela Centelha Divina da própria pessoa, as quais são transmitidas aos neurônios especializados na elaboração das “ordens” que fazem com que os mecanismos de defesa do organismo se desloquem para toda e qualquer parte do corpo, de modo a protegê-lo de qualquer invasão nociva ou para reparar qualquer dano sofrido. Isto acontece sem que a parte de natureza material da mesma consciência tome conhecimento.
    Também é nesta instância de aquisição do saber que ocorre o fenômeno da “genialidade”, seja científica ou artística, e se desenrolam os contatos da mente pensante com o Plano Absoluto, cujos conhecimentos, que lhe são transmitidos pela Centelha Divina da própria pessoa, são imediatamente transferidos para a memória, de onde a parte de natureza material da consciência pode acessá-los e apoderar-se dos mesmos.
    Finalmente, em seus deslocamentos ao Plano Absoluto, a Centelha Divina (Espírito) pode ser acompanhado por esta parte da consciência, sem causar qualquer dano ao corpo a que pertence, a qual dialoga com o Espírito, podendo lá formular questionamentos novos ou apresentar-lhe os anteriormente formulados, e, caso estes se relacionem com o corpo, transmiti-los imediatamente à parte de natureza material da mesma consciência.
    Estes esclarecimentos foram extraídos do livro “Ser Total”, vol. I, pgs. 25 a 29, publicado pela Chiado Editora, cujo lançamento em Portugal está previsto para o dia 02/05/2017 e no Brasil em data a ser definida pela Livraria Cultura.

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  25. Totman da Silva, por e-mail: - É fantástico e muito instigante o esclarecimento que oferece, mas eu não aguento mais esta maneira de nos comunicarmos: é extensa, cansativa e frequentemente se desvia do foco principal. Estou tão de s... c... que só continuo participando deste debate se for através de perguntas diretas e objetivas, cujas respostas também tem de ser diretas e objetivas. Podemos?
    Z – Ok, manda ver.
    T – Onde entra a genialidade científica como meio para encontrar a Centelha Divina que todas as pessoas têm?
    Z – Ao dominar por completo o saber científico relacionado com seu objeto de estudo, o cientista genial percebe que esse não é o limite, ou seja, que existe algo mais e deseja esse “algo mais”. Desiste de tentar oferecer respostas racionalizadas e disponibiliza sua mente para receber o conhecimento que procura, sem se importar com a fonte de informação.
    T – Que acontece a partir daí?
    Z – Neutralizados que foram dessa forma todos os fatores impeditivos, a mente do cientista penetra na dimensão da pararracionalidade, deixando-a em condições de receber o conhecimento que procura, transmitido pela sua Centelha Divina.
    T – Um conhecimento assim obtido poderia explicar porque eu tento, tento, tento e não consigo me conectar com a minha Centelha Divina?

    - Ficamos por aqui por causa do pouco espaço que dispomos. Esta abordagem continua no próximo comentário.

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    1. Continuação:
      Z – Poderia explicar, sim, sua dificuldade para se relacionar de modo consciente e interativo com sua Centelha Divina, mas lembre-se que estamos falando de ciências, sejam físicas, químicas, biológicas, etc., de todos o meio mais exaustivo e que demanda profundo saber científico.
      T – Existe um meio menos difícil?
      Z – Sim, mas você foi quem propôs este caminho. Se abordarmos outro, estaremos nos desviando da sua proposta, lembra-se?
      T – Ok. Vamos por aqui, então: Como a ciência poderia justificar minha dificuldade?
      Z – Ao descrever a atuação da Centelha Divina da Senhora francesa de estirpe nobre (livro “Ser Total” Vol. II pgs. 476 a 511). o Gabriel demonstra que os neurônios estão dispostos no cérebro humano em camadas justapostas transversais e que uma camada se diferencia da outra em função da atividade que desempenha. Demonstra também que a camada especializada na elaboração do conhecimento a partir dos estímulos produzidos pelos 5 sentidos carnais é diferente das outras camadas, e tem atividade tão intensa que “impede” a entrada em ação das camadas subsequentes.
      A ciência Física moderna (Quântica, por exemplo) poderia elaborar um conjunto de informações que caracterizam cada camada neuronal, com indicação dos meios eficazes para ativar as camadas subsequentes, cuja proximidade da sua Centelha Divina lhes enseja a iluminação pelo facho de luz que irradia continuamente deste componente de si mesmo.
      Além disso, esta contribuição da Física Quântica colocaria à disposição da moderna Pedagogia um conhecimento valiosíssimo para reformular seus métodos de ensinar, de modo a levar seus alunos a desfrutar dos incalculáveis benefícios que a entrada em ação destes grupos de neurônios (agora inertes) pode lhes oferecer.

      T – Não entendi direito. Eu perguntei como a Física quântica (Física moderna) poderia justificar minha dificuldade e você me vem com método pedagógico. Não fuja da minha pergunta!

      Continua no próximo comentário.

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    2. Continuação:
      Z – Sua pergunta está respondida, só que de forma indireta. Mas vamos lá, direto ao ponto:
      Sua dificuldade pode ser justificada pela inércia das camadas internas de seus neurônios. Se a Física quântica mostrar a estrutura física, organizacional e funcional dos neurônios que compõem as camadas mais internas do seu cérebro, você saberá como ativar estes neurônios, os quais constituem o caminho que leva ao encontro da sua Centelha Divina.
      T – Agora, sim. Você tratou do assunto da forma que eu pedi. Mas você também fala em neutralizar os fatores impeditivos da comunicação consciente com minha Centelha Divina. A Física Quântica pode ajudar nisso também?
      Z – Com certeza. E ajuda muito na medida em que lhe oferece os mecanismos para estimular estes neurônios que, dada a proximidade do seu DP, recebem primeiro o influxo luminoso emanado dele e este indica o restante do caminho a percorrer; de vez que, estabelecido o primeiro contato, por mais breve e fugaz que seja, o bem estar consigo mesmo que proporciona é tão intenso e gratificante, que você não terá mais condições de negar sua existência e passará a desejar que o mesmo seja mais duradouro, até se tornar habitual e fazer parte do seu dia a dia.
      T – De negar sua existência, de quem?
      Z – Da Centelha Divina que lhe proporciona o bem estar consigo mesmo.
      T - Ok, agora faz sentido e me anima a prosseguir: No texto introdutório este debate, você indica a genialidade científica como um dos meios para encontrar a Centelha Divina que todas as pessoas têm.
      Sustenta ainda que "Ciência e religiosidade... podem caminhar de mãos dadas..."
      Isto para mim soa fantasioso e irrealizável. Se assim não é, como operar essa "mágica"?!
      - Continua no próximo comentário.

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  26. Z – A genialidade científica, quer trate das ciências físicas, químicas, biológicas, ou se ocupe de qualquer fenômeno mensurável (de natureza material) realiza-se através da Centelha Divina do cientista.
    Ou melhor, o cientista com “C” só enriqueceu a ciência com sua genialidade porque liberou sua mente pensante para receber o conhecimento que procurava; interrompeu seu diálogo interior, sua faculdade racional reconheceu e aceitou seus limites e parou de tentar responder, numa palavra, o cientista parou de pensar e, mesmo que o tenha feito por breves instantes, foi suficiente para penetrar na dimensão da pararracioanlidade e receber os conhecimentos que procurava a ele transmitidos pela sua Centelha Divina...
    T – Para, para, para, senão quem para sou eu! O que é genialidade científica?
    Z – É a produção de um cientista que acrescentou algo novo ao que a ciência já conhecia.
    T – O que você quis dizer com fenômeno mensurável?
    Z – É um fenômeno que pode ser definido pela ciência em função das suas medidas, propriedades físicas, químicas e comportamentais.
    T – Você menciona acima (de natureza material). Agora você inclui propriedades comportamentais como se fizessem parte dos fenômenos físicos, ou seja, também de natureza material. Você está a fim de embaralhar minha cabeça? Quando um comportamento é de natureza material?!
    Z – Fique tranquilo, meu amigo e implacável questionador. Vamos destrinchar esse emaranhado de conceitos:
    1. A primeira ideia relacionada com propriedades comportamentais refere-se à reação natural que um elemento físico tem em contato com outro. Por exemplo, o açúcar em contato com a água dissolve-se e deixa de ser açúcar, dando origem a água doce, o sal na água vira água salgada, etc. etc.... Isto pode ser mensurado pela ciência que definirá como mais doce ou menos doce; mais salgada ou menos salgada.
    2. A segunda ideia que pode ocorrer em função da minha resposta sintética, é a de comportamento humano diante de determinada situação e isto oferece uma dificuldade maior para aceitar como fenômeno de natureza material. Mesmo aqui, sustento com sólida convicção que as ações e reações que caracterizam o comportamento humano são de natureza material...
    T – Continuo não entendendo, ou melhor, continuo não concordando com a natureza material atribuída a comportamento humano. Explique-se!
    Z - Você age e reage de acordo com a opinião que você forma relacionada com a situação em que se encontra ou em função do que alguém faz consigo, não é mesmo? Ou seja, seu julgamento determina suas ações, seu comportamento, não é verdade?
    T – Sim. Claro, você está perdendo seu tempo e o meu explicando o que está na cara. Nem precisa ser muito inteligente para entender isso, Mas aonde você quer chegar?
    Z – Agora preciso da sua paciência e empenho para concluir sem stress: Seu julgamento é elaborado pela sua mente pensante, de acordo com a importância que você dá a determinada coisa ou atitude de alguma pessoa, verdade? Pois bem, seu julgamento se apoia em conceitos subjetivos e aqui fica difícil aceitar que conceitos subjetivos são de natureza material, logo mensuráveis pela ciência, mas posso lhe assegurar que, por mais subjetivos ou sutis que sejam, seus conceitos são de natureza material. Isto porque de natureza material é tudo que for passível de ser modificado pelo homem. Continuamos nos entendendo? Posso prosseguir?
    T – Não e não! Pode parar por aí e me explicar o que quis dizer com: “de natureza material é tudo que for passível de ser modificado pelo homem.”
    - Continua no próximo comentário.

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  28. Entro neste debate para dizer que também quero saber o que é de natureza material e, em não sendo de natureza material, existe mais alguma coisa?

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  31. Z – Para facilitar a compreensão, preciso dividir com vocês o entendimento que tudo que existe, inclusive o homem, é composto de duas partes, sendo uma de natureza material e outra de natureza não material. Reparem que eu não estou falando de matéria e não matéria e sim da natureza destas duas realidades, ok?
    Pois bem, a mente pensante humana tem uma enorme capacidade para alterar, modificar, ampliar ou diminuir tudo e qualquer coisa de natureza material; mas não tem a menor possibilidade para intervir nas coisas de natureza não material...
    T – E daí? Aonde você quer chegar?
    Z – Vamos analisar algumas situações: Você já sentiu raiva?
    T – Sim, claro. Quem nunca sentiu raiva?
    Z – Você já percebeu que às vezes sentia muita raiva e em outras situações, menos raiva?
    T – Sim, claro! Você está explicando o óbvio!?
    Z – Desculpe se falo do que você está cansado de saber, mas... O que fazia você sentir muita ou pouca raiva?
    T – Era o que as pessoas faziam comigo, ou a situação em que eu me encontrava.
    Z – O que faziam com você ou a importância que você atribuía ao que as pessoas faziam com você?
    T – Começou a complicar. Eu nunca vi por esse ângulo. Vamos lá, está ficando interessante.
    Z – Mas você concorda que tem poder para alterar a intensidade da sua raiva, ou seja, se dá pouca importância à situação ou ao que lhe fazem, sua raiva é menor, se dá muita, a raiva aumenta, não é mesmo?
    T – Isso está “na cara”!
    Z – Ok. Tudo aquilo que você puder modificar, é de natureza material. Logo, o sentimento de raiva é de natureza material, assim como é o sentimento de ódio, vingança, tolerância, inveja, ciúmes e tantos outros sentimentos que fazem parte do dia a dia de todos nós, os quais, por serem de natureza material, podemos intervir neles, aumentando ou diminuindo o nosso sentir em função da importância ou valor que lhes atribuirmos. Concorda?
    T – Visto por esse ponto de vista, não tenho como discordar. Mas até agora você não falou nada a respeito das coisas de natureza não material, sobre as quais sustenta que o homem não em a menor possibilidade de intervir. Eu preciso desse comparativo, porque me parece que é aí que está a chave do melhor entendimento. Podemos entrar nesse ponto?
    Z – Podemos, mas antes eu preciso saber a sua opinião sobre a produção científico- especulativa intitulada “Do Macro ao Microcosmo”, à sua disposição no link abaixo:

    https://www.youtube.com/watch?v=Pq_bb-4WPyM

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  32. E então, Totman e Gaston, Já analisaram as imagens e comentários sobre "Do Macro ao Microcosmo"? Já têm uma opinião formada a respeito delas? Já podemos conversar sobre elas?

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  33. Eu até vi de novo “Do Macro ao Microcosmo”. Falo de novo porque já conhecia esta montagem artístico-científica, um misto de ficção científica apoiada em dados irrefutáveis fornecidos pelas Ciências Físicas, Químicas e Matemáticas; a qual me parece mais uma crítica às pessoas que se consideram o “centro do universo” do que qualquer propósito de comprovar cientificamente qualquer coisa. Só que este meu entendimento não satisfaz a pergunta do Totman a respeito das “coisas de natureza não material, sobre as quais o homem não tem a menor possibilidade de intervir.”

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    1. Caro Gaston,
      Espero que o diálogo por e-mail, travado com o Totman, satisfaça sua sede de saber, mas as assim não for, sinta-se à vontade para questionar, contestar ou pedir os esclarecimentos que julgar necessários, podendo fazê-lo por e-mail, a exemplo do Totman, de modo a ficar mais à vontade para dizer o que pensa, sem se preocupar com a opinião de um público desconhecido, porque só darei publicidade depois de chegarmos a um entendimento comum que tratamos bem do assunto. Veja como isso acontece com o Totman:
      T – “Do Macro ao Microcosmo”, que analisei diversas vezes e, confesso, a cada vez que via de novo compreendia algo novo que antes eu não tinha percebido, é uma coisa que dá o que pensar a respeito de quem somos e qual a finalidade de estarmos aqui, assim como deixa uma pergunta sem resposta: Qual a nossa função no universo? Mas... o que isso tem a ver com as coisas de natureza não material e com o debate que vimos travando e parece não ter fim?!
      Z – Ok. Vamos retomar o ponto interrompido no bate-papo anterior: observe a imagem 10-14 (dez à potência negativa 14) e veja que o autor declara: “Agora temos o núcleo de um átomo de Carbono bem a nossa frente”, certo?
      T – Sim, e daí? Aonde você quer chegar? O que isso tem a ver com nosso assunto?
      Z – Agora compare aquela figura com a constante da página inicial deste blog, intitulada “Origem da Vida”.
      T – Comparei e não vi semelhança nenhuma. Diz logo o porquê desse blá, blá, blá todo, porque estou perdendo a paciência!
      Z – Veja que no núcleo do átomo de carbono mencionado, os elementos nucleares estão unidos, “colados” mesmo uns nos outros, como se formassem um todo uno e indivisível, sem qualquer espaço entre eles; enquanto na figura que lhe apresento para comparação vê-se em destaque algo parecido, não é? Pois bem, esta figura também mostra o núcleo de um átomo, só que neste os elementos que o compõem não se tocam, existe um espaço entre eles, este espaço não é um vazio como indica a ciência, ele está preenchido pela...
      T — Para, para, para por aí! Está ficando muito confuso. Eu preciso de um tempo para arrumar isso na minha cabeça.

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  34. Eu ainda tenho ponderações a fazer e pontos a esclarecer, mas vou aguardar o desenrolar do seu bate-papo com o Totman, que acompanho desde o início, pra ver se me esclarece ou se me confunde mais ainda.

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  35. Z - E então, Totman. Posso concluir o que estava dizendo e você interrompeu?
    T — Sim, claro. Eu já dei uma ajeitada nas ideias e ia mesmo lhe pedir para continuarmos.
    Z — Voltando, então, ao ponto interrompido: este espaço não é um vazio como indica a ciência, ele está preenchido pela Substância Simples que, ao atingir determinado nível de afastamento do seu ponto de origem, adquire capacidade para se modificar, parte dela se modifica criando os elementos constituintes dos núcleos dos átomos, seus elétrons e demais componentes necessários ao equilíbrio e estabilidade duradoura dos mesmos...

    T — Você está dizendo que a Substância Simples que está entre os elementos do núcleo dos átomos é a mesma Substância Simples que se modificou para criar estes elementos?

    Z — Sim. Você explicou este entendimento melhor do que eu, Parabéns...

    T — Sendo assim, estaríamos diante do que Moisés, o grande Profeta bíblico, denominou de Alma?
    “Formou pois o Senhor Deus ao homem do limo da terra, e assoprou sobre o seu rosto um assopro de vida; e recebeu o homem, alma e vida.” - Gênesis 2,19 -7.

    Z — Eu não vejo essa semelhança e nem cogitei de qualquer comparação com o texto bíblico. Respeito sua opinião, como respeito a opinião de quem discordar da sua ou da minha. Mas se quiser embasar seu entendimento na Bíblia Sagrada, eu sugiro que se atenha ao conceito da “onipresença de Deus”, que considero mais elucidativo porque, se reparar bem verá que a Substância Simples, de que estamos falando, está dentro e entre tudo que existe no plano material, ou seja, os corpos densos dos átomos de tudo que existe são essa mesma Substância Simples modificada.

    T — Visto por esse ângulo, faz mais sentido mesmo. Mas o que a “bendita” Substância Simples está fazendo no “espaço vazio” entre os elementos do núcleo dos átomos?

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  36. Z - Está criando condições para cada um destes elementos se movimentar livremente e interagir com os demais, de modo a proporcionar equilíbrio dinâmico e estabilidade a todos...

    T – Você quer dizer que sem esta “Substância Simples”, ou seja lá o que for, o átomo não se formaria e, logo, não existiria vida?

    Z — Essa é uma dedução plausível, mas aí você entra no terreno das hipóteses, desviando-nos do objeto da nossa conversa, que é elucidar o processo de criação de vida material, ou melhor, demonstrar que ciência e transcendência podem caminhar de mãos dadas, o que constituirá um caminho alternativo para encontrar Deus...

    T — Ok, ok, desculpa. Eu não consegui conter meu impulso de dar asas à imaginação. Acho que o interrompi e você tinha algo a acrescentar. Tem?

    Z — Tenho: Quase no mesmo instante em que foi criado o primeiro elemento, este se desintegrava, voltando à condição de Substância Simples, numa movimentação contínua de ser e não ser quase instantânea.
    Esta movimentação extraordinariamente rápida criava tensão na porção de Substância Simples circundante, que a levava a criar outro elemento semelhante ao primeiro, do qual se aproximava e com o qual interagia, proporcionando aos dois estabilidade mais duradoura, mas mesmo assim continuavam se desintegrando em curtíssimo lapso de tempo, só que era maior a tensão criada pelos dois na Substância Simples circundante, levando-a a criar mais e mais elementos, que se aproximavam dos anteriores, até obter um conjunto suficientemente completo, capaz de assegurar estabilidade e sobrevivência ao conjunto.

    T — Estou ficando confuso de novo, mas ainda tenho fôlego para lhe perguntar: E o “espaço vazio” entre cada elemento do núcleo do átomo, que você diz que não é vazio e sim cheio da mesma Substância Simples que está dentro de cada elemento nuclear e demais componentes dos átomos de tudo que existe no plano material?

    Z — Ainda aqui lhe peço para prestar atenção na descrição, de modo a notar que o equilíbrio é dinâmico, ou seja, logo que é criado, o elemento nuclear começa a se movimentar em busca do que lhe falta para a sua sobrevivência. O mesmo ocorre com os demais elementos que interagem com o primeiro. Se não existisse um componente entre eles em meio ao qual se movimentam, se chocariam uns com os outros e se desintegrariam mutuamente, tornando inviável a criação de vida material. Começa a fazer sentido?

    T — Começa, mas eu vou pedir para ficarmos por aqui, até eu conseguir absorver este entendimento. Logo, logo eu retorno ao contato para prosseguirmos.

    Continua no próximo comentário.

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  37. Por e-mail, Gaston Duvivier entrou neste debate com Totman, que foi desenvolvido nos seguintes termos:
    G. — Mas o que Moisés chamou de Alma (sopro de vida) não é a mesma coisa que aqui está sendo denominado Substância Simples? estão querendo “reinventar a pólvora” !?
    T. — Visto na superficialidade da aparência, o entendimento da origem da vida material até parece semelhante ao que Moisés nos apresenta, mas visto com a profundidade que contém, logo se nota uma grande diferença: Enquanto Moisés descreve o corpo de um homem feito do limo da terra, Gabriel Flamens descreve a criação do átomo que originou, dentre outras coisas, o limo da terra utilizado para criar o homem descrito por Moisés...
    G. — Entendi e noto substancial diferença. Mas Moisés está certo na sua descrição, inclusive quando diz que o homem foi criado à imagem e semelhança de Deus. Afinal de contas, Moisés estava falando para pessoas que viveram há mais de 3.500 anos e, certamente estas pessoas não teriam condições de entender de outra forma.
    T. — Eu concordo com você, Gaston. Mas também concordo que não é justo nem contribui para o progresso da humanidade, continuar dizendo hoje o que se disse há 3.500 anos. Afinal de contas, as pessoas evoluíram e se tornaram capazes de compreender mais e melhor do que as que viveram há 3.500 anos.
    G. — Que mal há nisso? É um entendimento aceito por todos e eu não vejo motivos nem razão para ser diferente.
    T. — Eu vejo nisso um grande mal, sim. Pensa bem: Está certo dizer a uma criança de 5 anos que Papai Noel existe e que ela veio ao mundo no bico de uma cegonha. Afinal de contas, ela tem só 5 anos, mas quando tiver 20 anos não será mais criança e se tiver de aceitar como verdades as estorinhas da infância, estas a impedirão de crescer, virar adulta e passar a compreender as coisas da vida como elas são e não como nos fazem acreditar que são. Isto é ou não é um grande mal?
    G — Visto por esse ângulo, reconheço que você está certo e até acrescento que se alguém tentar me tratar como se eu ainda fosse criança, eu simplesmente ia rir e desprezar essa pessoa.

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  38. T — Voltei. Podemos continuar o assunto que foi interrompido em 30/06/17 ?
    Z — Podemos, mas a bola está com você.
    T — Eu não tenho mais dúvidas a respeito da criação de vida material em todos os componentes de todas as espécies, inclusive o homem. Mas até agora você não disse nada a respeito do componente não material do homem, nem como a ciência pode ser um caminho para encontrar este componente não material. Podemos entrar nessa parte?
    Z – Podemos, sem dúvida, mas como estaremos penetrando na dimensão do Plano Absoluto, solicito-lhe que não racionalize o conhecimento.
    T — O que você quis dizer com não racionalizar o conhecimento?
    Z — Quis dizer que não deve estabelecer condições nem impor regras para receber as informações que tenho para lhe passar.
    T — Como entender sem regras nem normas de comunicação? Tudo em mim obedece a uma ordenação lógica, de modo que sem esta eu não tenho condições de entender nada. Acho que nosso assunto termina por aqui!?
    Z – Eu penso diferente. Acho que aqui começa o assunto que nos levou a manter deste bate-papo, longo mas deveras esclarecedor e gratificante.
    T — Não consigo ver onde você encontra razões para prosseguirmos. Pode me dizer o que você viu e eu não consegui ver?
    Z — Vou tentar:
    Ao nos depararmos com a Substância Simples (Fonte de Vida material) encontramos o limite além do qual a Faculdade Racional Humana não pode passar. Ou seja, ao admitirmos que existe algo além do que a nossa razão lógica pode explicar, penetramos na dimensão da Pararracionalidade. É a dimensão acessada pelos cientistas geniais que, ao dominarem todo conhecimento científico relacionado com seu objeto de estudo e pesquisa, algo em seu interior lhes “diz” que existe algo mais a ser acrescentado ao conhecimento possuído por eles. Aí param de pensar, disponibilizando suas mentes para receberem o conhecimento que procuram.
    Nestas condições, o componente de Natureza Divina destes cientistas comunica à consciência dos mesmos o saber que eles procuram, de modo a torná-lo acessível à Faculdade Racional dos mesmos, a qual já agora poderá transmiti-lo na conformidade das normas e regras estabelecidas pela ciência, de modo a ser compreendido por outras pessoas não dotadas de genialidade.
    Até aqui estamos nos entendendo?
    T — Estou todo embaralhado. Preciso de um tempo para arrumar essas informações na minha cabeça. Ficamos por aqui por enquanto, ok?

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  39. Caro Totman e seguidores deste debate, queiram aceitar minhas desculpas pela demora em postar o diálogo abaixo, produzido em 25/07/2017, ao qual eu não pude dedicar a devida atenção nem destinar o tempo necessário por causa dos compromissos com o evento de apresentar aos amigos de Petrópolis o livro “Ser Total”, que ocorreu em memorável “noite de autógrafos” no dia 11/08/17 no Centro de Cultura Raul de Leoni desta cidade.
    Retornamos à vida normal e podemos dar sequência ao debate que foi interrompido em 15/07/2017:
    T — É na dimensão da “Pararracionalidade” que ciência e religião se encontram e podem caminhar de mãos dadas?
    Z — Ainda não. Nesta dimensão, ciência e religião começam a se olhar com respeito mútuo, sem julgamentos nem condenações preconceituosas, mas ainda não caminham de mãos dadas.
    T — Não consegui alcançar com nitidez o significado da sua resposta, mas algo em mim a aplaude e me instiga a lhe pedir que fale mais sobre o assunto. Quem sabe você consegue explicar isso de modo que eu possa compreender racionalmente?
    Z — Vou tentar, mas prometa que me interrompe se começar a ficar confuso, ok?
    T — Não tenha dúvidas quanto a isso. Não vou deixar você me confundir mesmo, até porque não estou interessado na sua opinião; tudo que desejo é construir a minha de forma autêntica, sincera e segura o suficiente para eu me apoiar nela sem riscos de surpresas ou decepções.
    Z — Ok. A genialidade científica, quer trate das ciências físicas, químicas, biológicas, ou se ocupe de qualquer fenômeno mensurável (de natureza material) realiza-se através da Centelha Divina do cientista.
    Ou melhor, o cientista com “C” maiúsculo só enriqueceu a ciência com sua genialidade porque liberou sua mente pensante para receber o conhecimento que procurava; interrompeu seu diálogo interior, sua faculdade racional reconheceu e aceitou seus limites e parou de tentar responder, numa palavra, o cientista parou de pensar e, mesmo que o tenha feito por breves instantes, foi suficiente para penetrar na dimensão da pararracionalidade e receber os conhecimentos que procurava, a ele transmitidos pela sua Centelha Divina...
    T – Para, para, para, senão quem para sou eu! O que é genialidade científica?

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  40. Z — Olá Totman,
    Peço desculpas mais uma vez pela demora em publicar nosso diálogo, mas fui surpreendido por acontecimentos não previstos e, sabe como é, nem sempre a gente consegue realizar tudo que planejou no tempo que previu...
    T — Compreendo e fico satisfeito pelo retorno ao nosso bate-papo, cheguei a pensar que você ficou tão embaraçado com meus questionamentos que desistiu de prosseguir no debate, e arranjou a desculpa de falta de tempo para se justificar/esquivar...
    Z — Nem pense nisso. Minha motivação e empenho em elucidar estas questões é tanta que, posso lhe assegurar, só termina quando ficar claro que ciência e religiosidade podem caminhar de mãos dadas.
    T — Já que vamos prosseguir, trate logo de dizer o que entende por genialidade científica.
    Z – É a produção de um cientista, seja qual for seu objeto de pesquisa, que acrescentou algo novo ao que a ciência já conhecia.
    T – O que você quis dizer com fenômeno mensurável?
    Z – É um fenômeno que pode ser definido pela ciência em função das suas medidas, propriedades físicas, químicas e comportamentais.
    T – Você menciona acima (de natureza material). Agora você inclui propriedades comportamentais como se fizessem parte dos fenômenos físicos, ou seja, também de natureza material. Você está a fim de embaralhar minha cabeça? Quando um comportamento é de natureza material?!
    Z – Fique tranquilo, meu amigo e implacável questionador. Vamos destrinchar esse emaranhado de conceitos:
    1. A primeira ideia relacionada com propriedades comportamentais refere-se à reação natural de um elemento físico em contato com outro. Por exemplo, o açúcar em contato com a água dissolve-se e deixa de ser açúcar, dando origem a água doce, o sal na água vira água salgada, etc. etc.... Isto pode ser mensurado pela ciência que definirá como mais doce ou menos doce; mais salgada ou menos salgada.
    2. A segunda ideia que pode ocorrer em função da minha resposta sintética, é a de comportamento humano diante de determinada situação e isto oferece uma dificuldade maior para aceitar como fenômeno de natureza material. Mesmo aqui, sustento com sólida convicção que as ações e reações que caracterizam o comportamento humano são de natureza material...
    T – Continuo não entendendo, ou melhor, continuo não concordando com a natureza material atribuída a comportamento humano. Explique-se!
    Z - Você age e reage de acordo com a opinião que você forma relacionada com a situação em que se encontra ou em função do que alguém faz consigo, não é mesmo? Ou seja, seu julgamento determina suas ações, seu comportamento, não é verdade?
    T – Sim. Claro, você está perdendo seu tempo e o meu explicando o que está na cara. Nem precisa ser muito inteligente para entender isso, Mas aonde você quer chegar?
    Z – Agora preciso da sua paciência e empenho para concluir sem stress: Seu julgamento é elaborado pela sua mente pensante, de acordo com a importância que você dá a determinada coisa ou atitude de alguma pessoa, verdade? Pois bem, seu julgamento se apoia em conceitos subjetivos e aqui fica difícil aceitar que conceitos subjetivos são de natureza material, logo mensuráveis pela ciência, mas posso lhe assegurar que, por mais subjetivos ou sutis que sejam, seus conceitos são de natureza material. Isto porque de natureza material é tudo que for passível de ser modificado pelo homem. Continuamos nos entendendo? Posso prosseguir?
    T – Não e não! Pode parar por aí e me explicar o que quis dizer com: “de natureza material é tudo que for passível de ser modificado pelo homem.”

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  41. Z – Se você assimilou com naturalidade o entendimento que vimos desenvolvendo neste bate-papo, terá facilidade para concordar que o número de exemplos que poderiam ser citados das coisas que a ação humana pode modificar é muito extensa e nos desviaria da linha de pensamento que vimos seguindo.
    Além disso, uma simples olhadela nas citações anteriores, o fará compreender que a mente pensante humana, por ser lógica e racionalista, só consegue compreender através de comparações (por mais ocultas que estejam e até pareçam não existir). Quando lhe falta o referencial de comparação, não encontra mais seu ponto de apoio, fica perdida e tem tendência natural de negar procedência, veracidade ou autenticidade a tudo que ela não consegue compreender nem explicar.
    Por outro lado, e é aqui que este entendimento encontra sua melhor justificativa, no Plano Absoluto em que atuam os Seres Divinais, tudo que é simplesmente é, sem que a mente humana tenha condições de dizer o que é, como é, quando é. Ou seja, aqui a mente pensante humana encontra seu limite além do qual não pode passar. Além disso, os Seres que atuam no Plano Absoluto não se submetem a normas, regras ou condições que a mente humana pretenda lhes impor.
    Qualquer tentativa de explicar o Divino, tudo que o homem consegue é reduzir a significação do Divino à capacidade humana de compreendê-lo; o que enseja o entendimento equivocado de alguns homens se apresentarem para outros homens como se fossem dotados de algum dom especial que os torna semelhantes ao Divino. Posso lhe assegurar que esta divinização do homem constitui uma grave deturpação da Verdade e só atende interesses pela manutenção do poder temporal, o que, em última análise, alimenta a vaidade e fomenta a competição entre as pessoas que só faz sofrer a todos.
    Até aqui estamos nos entendendo? Posso prosseguir?

    T — É meio confuso, mas dá para entender. Você sustenta que a Criatura não tem como explicar o Criador, é isso?

    Z — É isso. Aqui se apresenta um grave erro, repetido ao longo de milhares de anos, qual seja o de sacrificar o conhecimento da Verdade em função da suposta falta de capacidade das pessoas para compreendê-la em sua plenitude.
    Esta deturpação da verdade, em princípio encontrava uma razão de ser por causa do atraso mental em que se encontravam as pessoas há milhares e anos, mas com a evolução natural da espécie, desde há muito tempo que as pessoas adquiriram condições mentais para conhecerem a Verdade em sua plenitude e profundidade, só que esta continuou a lhes ser ocultada, já agora de forma intencional para criar nas pessoas um sentimento de nulidade individual, que precisava de alguém para lhes dizer o que deviam pensar, falar e fazer...

    T — Desculpa lhe interromper, mas preciso de um tempo para digerir o entendimento que a verdade foi deturpada para atender conveniências de uns poucos com sacrifício de muitos?!

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  42. T — Apesar de ainda estar em estado de choque, sou levado a reconhecer que procede o entendimento que quem está no poder, não hesita em deturpar a verdade para se manter no poder. Mas isto é monstruoso, um verdadeiro crime de lesa humanidade, você não acha?

    Z — Por mais que eu respeite sua revolta e reconheça procedência no seu entendimento, tenho de lhe pedir para não seguirmos nesta linha e retornarmos à temática da “Ciência como caminho alternativo para encontrar Deus.” Você concorda?

    T — Eu concordo, mas prometa que num momento oportuno retornaremos a este assunto, ok?

    Z — Ok. Quando ficar demonstrado que “Ciência e Religiosidade podem caminhar de mãos dadas”, abriremos uma página de natureza conceitual e analisaremos a conduta humana através da história, com foco nas causas, benefícios e danos causados, assim como nas possibilidades de superar este estágio primitivo do processo evolutivo, em que muitas pessoas ainda se encontram.

    T — Combinado. Então, diga-me sem muitos rodeios se o cientista genial só virou gênio porque encontrou Deus, é isso?

    Z — Não. O cientista genial apenas penetrou na dimensão da genialidade, mas ainda não acessou o Plano Absoluto.

    T — Então eu não entendo. A dimensão da genialidade não está no Plano Absoluto?

    Z — Está, meu caro Totman, mas ó por breves instantes. O tempo suficiente para a mente pensante do cientista receber o conhecimento que procurava. Tão logo o obtém, retorna para o plano material e se empenha para submeter o novo conhecimento às regras e normas estabelecidas pela sua Faculdade Racional, de modo a deixá-lo em condições de ser transmitido para outras pessoas em condições de ser compreendido racionalmente por elas.

    T — Estou quase entendendo! O cientista genial só não se comunica com Deus porque não permanece no Plano Absoluto. Ou seja, volta logo para a dimensão da matéria, É isso?
    Se é isso, não é estranho que o cientista, tendo entrado em contato com o Plano Absoluto, não se tenha deixado fascinar por ele e desejado permanecer nele?

    Z — Pode parecer estranho, sim. Mas lembre-se que o cientista está muito empenhado no estudo de todos os fenômenos relacionados com o objeto de sua pesquisa. Por isso, é perfeitamente compreensível que se deixe fascinar tanto pelos encantos do Plano Absoluto como pela nova descoberta que acaba de conquistar. Só que esta, por ser nova, precisa ser testada pelos métodos aceitos pela ciência como um fenômeno possível de ser comprovado, sob pena de não ser reconhecido pela comunidade científica.
    O receio do não reconhecimento, aliado à sensação do risco de perder o novo conhecimento, fazem com que nem cogite de mais nada por enquanto.

    T — Você disse “por enquanto”. Devo entender que depois de vencida essa fase, o cientista volta ao Plano Absoluto?


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    1. Z — Nem todos, mas alguns sim.
      T — Por que essa diferenciação?
      Z — A grande maioria dos cientistas, por mais geniais que sejam, estão condicionados a só aceitar o que a ciência puder comprovar...
      T — Espera aí. O conhecimento genial que ele obteve e que lhe rendeu o status de gênio, antes de ser obtido não podia ser comprovado pela ciência, até porque nem existia e foi obtido fora dos domínios da ciência. Não lhe parece contraditório que ele negue a procedência do seu feito mais notável?
      Z — Espera aí você. Estamos entrando por uma via conflitante. Contraditório ou não, o fato é que os cientistas condicionados a só aceitar o que a ciência puder comprovar, têm uma tendência natural de racionalizar o ocorrido, cuja procedência atribuem ao acaso, ou insight passageiro, ou intuição, etc. e não se empenham em conhecer a verdadeira fonte do conhecimento.
      T — Entendo que existe esta categoria de cientistas, mas você afirmou que “alguns sim”. Como diferencia uns dos outros?
      Z — Nesta segunda categoria de cientistas geniais, vamos encontrar um sólido empenho pelo saber filosófico, em que não desistem enquanto não obtém o todo da verdade que procuram e buscam-na através da identificação da causa das coisas. Quanto mais a causa se apresentar difícil de encontrar, mais aumenta seu empenho pela busca e, assim, ao perceberem que aquilo que à primeira vista é uma causa, olhando com maior profundidade, descobrem que se trata apenas de um efeito de uma causa que lhes é anterior. Esta busca incessante os leva a cogitar da existência de algo que a razão não consegue explicar nem a ciência consegue demonstrar, e disponibilizam suas mentes pensantes para receberem o esclarecimento que procuram.
      Esta atitude mental os leva de volta ao Plano Absoluto, passam a admitir com naturalidade a existência do mesmo e não resistem mais ao convívio com os seres que o habitam.
      Esta convivência pode ser fugaz (por breves instantes = insight) durar horas seguidas, ou intervir nas elaborações da mente pensante sempre e quando esta se deparar com dificuldades que não consegue superar; o que faz com absoluta naturalidade e de modo tão sutil que pode nem ser percebida pelas pessoas com quem estiver lidando.
      T — Aqui, chegamos ao ponto em que Ciência e Religiosidade podem caminhar de mãos dadas?
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    2. Z — Ainda não. Neste ponto a Ciência continua seguindo sua trajetória pelos métodos científicos e a religiosidade do cientista filósofo simplesmente não sofre mais os impedimentos que sua racionalidade, já agora não tão exacerbada, lhe impõe.
      T — Estou começando a perder a esperança. Afinal, quando Ciência e Religiosidade podem caminhar de mãos dadas?
      Z — Quando os Cientistas se dispuserem a pesquisar as causas das limitações da Faculdade Racional Humana.
      T — Como podem fazer isso?
      Z — Compete à ciência encontrar os meios e métodos, de vez que se trata de uma atuação no campo da materialidade.
      T — Este papo está ficando muito conceitual e abstrato, quase filosófico. Eu quero uma abordagem mais direta e objetiva. Pode fazê-la?
      Z — Você é que terá de conduzir o assunto de modo a atender suas dificuldades e anseios.
      T — Ok. Direto ao ponto, eu lhe asseguro que tenho tentado, mas não consigo liberar minha mente para receber as comunicações da minha Centelha Divina e reconheço que o mesmo ocorre com todas as pessoas que tenho conversado sobre o assunto. Por quê?

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  43. Z — Não sei se é exatamente o seu caso, meu caro Totman, mas é o caso de muitas pessoas que relatam dificuldade idêntica. Nestas pessoas, nota-se um grande empenho na busca de satisfazer os apelos da parte material e agem mais por impulsos do que por análise da situação; sentem grande prazer no sexo, paladar dos alimentos e bebidas, sons musicais, aparência das coisas e pessoas e se acomodam quando conseguem satisfazer esses instintos naturais de sobrevivência e preservação da espécie. Não cogitam se existe algo mais benéfico para si ou para o semelhante.
    T — Eu também sou assim, e daí? Que mal há nisso? Que culpa tenho eu ou têm as pessoas que são exatamente como você acaba de descrever?
    Z — Calma, meu amigo. Não há nenhum mal nisso e ninguém tem culpa de ser como é. Todos são vítimas de um sistema sócio-educativo que os condiciona a serem como são...
    T — Vítimas, como? Eu gosto de ser como sou, assim como acho que outras pessoas também gostam de ser como são.
    Z — É?! Você gosta de sofrer injustiças, de ver o sofrimento de pessoas que passam fome, que morrem nas filas do atendimento médico por falta de medicamentos ou de profissionais de saúde, porque as verbas dos impostos que você paga foram desviadas para contas milionários do gestor da coisa pública, de sair de casa com medo de ser assaltado na rua, ou sua filha ser estuprada, sequestrada ou morta?
    Se você gosta da realidade que temos e do sofrimento porque passamos, certamente não terá motivos para se empenhar pela mudança de coisa alguma. Mas se algo em você está insatisfeito, é sinal de que já possui um despertar de consciência que o faz desejar corrigir o que considerar errado.
    T — Está bem. Eu não estou satisfeito com um monte de coisas, mas não sei o que fazer para mudá-las. Aonde você quer chegar?
    Z — Quero que você chegue à conclusão que é vítima de um modelo sócio-educacional que estimula exageradamente os grupos de seus neurônios especializados na elaboração do entendimento e satisfação do supérfluo e vulgar, e com isso impedem que entrem em ação os grupos de seus neurônios especializados na elaboração e entendimento do que é justo e bom, tanto para si como para o seu semelhante.
    T — Continuo não entendendo aonde você quer chegar. Dá para ser mais explícito e direto?
    Z — Dá. É aqui que ciência e religiosidade podem caminhar de mãos dadas. Note que eu não estou falando de religião e sim de religiosidade, ok?
    T — Ok, entendo perfeitamente a diferença entre religião e religiosidade, mas continuo meio perdido. Diga logo o que tem a ver a ciência com a religiosidade.
    Z — A ciência, seja ela física, química biológica, quântica, nuclear ou qualquer outra, ao demonstrar que os componentes materiais da mente pensante se estruturam em camadas de neurônios e estes se agrupam conforme a especificidade que possuem, ou seja, cada agrupamento neuronal é especializado na elaboração de determinados conhecimentos, pode oferecer à pedagogia as informações de que esta precisa para planejar as atividades educativas capazes de estimularem os grupos de neurônios das camadas mais profundas do cérebro, de modo a levá-las a elaborar o melhor entendimento do que é certo, verdadeiro e justo, capacitando as pessoas para tomarem as melhores decisões, tanto para si como para o conjunto da sociedade, sem precisarem que alguém lhes diga o que devem fazer, falar e pensar.
    T — As ciências subsidiando a pedagogia?
    Z — Com certeza. Mas isto a ciência já faz, só que de forma tímida, superficial e empírica.
    T — Como assim?

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    1. Z - Ainda não se estabeleceu uma relação deliberadamente cooperativa entre as ciências e a pedagogia; de modo que esta encontra naquelas apenas fragmentos desconexos de conhecimentos, com os quais se satisfaz.
      O resultado desse empirismo é uma ação pedagógica por amostragem, do tipo "ensaio e erro"; numa sucessão infindável de mudanças inspiradas nos resultados negativos que o modelo anterior produziu.
      Isto ocorre fundamentalmente porque os cientistas não são pedagogos e os pedagogos não são cientistas, de modo que cada grupo se empenha para fazer o melhor que pode em seu campo de atuação, sem um vínculo profundo e efetivo de um com o outro.
      T — Tem como mudar isso?
      Z — Penso que sim. Os dois campos de atuação humana são igualmente importantes e terão muito a ganhar se as ciências reconhecerem que é a educação quem forma os cientistas e estes têm uma valiosíssima contribuição a dar ao processo educativo. Aqui se abriria um viés científico direcionado para as pesquisas das causas da não estimulação das camadas mais profundas da estrutura neuronal humana.
      T — Estaríamos diante de uma nova fase no processo evolutivo da humanidade?
      Z — Não vejo como uma nova fase e sim como o aprimoramento do processo evolutivo em curso.
      T — A quem beneficiaria?
      Z — A todos. As ciências porque ampliariam muito os horizontes científicos com mais e mais cientistas acessando a dimensão da genialidade científica e a sociedade como um todo, porque os cidadãos ganhariam em discernimento do que é bom, verdadeiro e justo e passariam a se conduzir de modo a não contrariarem este entendimento, beneficiando-se a nível individual com um viver em paz e harmonia consigo mesmo, e coletivo porque não teria mais espaço para o egoísmo, a vaidade, a ambição desenfreada por bens materiais e não tentariam obter para si nada sem antes se perguntarem se o que desejam pode fazer falta ao seu semelhante, enfim, cada um sentiria como sua a dor que dói no seu semelhante e se empenharia para livrá-lo da dor como se empenharia para se livrar da dor.
      T — Estaríamos diante do que se convencionou chamar de “Homem Ideal”?
      Z — Penso que ainda falta muito para o estágio do homem ideal, mas estaríamos seguramente num estágio menos primitivo, mais humano, a caminho de um existir em plena liberdade, em que a fraternidade seria espontânea e o sentimento de igualdade essencial presidiria as ações humanas. O homem ocuparia o lugar que lhe cabe no todo cósmico universal, de modo a contribuir conscientemente com o todo do qual é parte inseparável.
      T — Aqui, finalmente, ciência e religiosidade caminhariam de mãos dadas?

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    2. Z — Aqui, finalmente, está aberto o canal de comunicação consciente da mente pensante com a Centelha Divina que todos possuem.
      T — Mas esse caminho é muito longo e excludente do homem comum, de vez que só estará ao alcance do homem de ciências e, assim mesmo, dos cientistas geniais. Não lhe parece que isto é angustiante e injusto com as pessoas comuns como eu?
      Z — Lembre-se, meu caro Totman, que estamos tratando da ciência como caminho alternativo para encontrar Deus e, os cientistas, via de regra, endeusam a Faculdade Racional de tal maneira, que chegam a negar procedência ao que esta não conseguir compreender e explicar.
      T — Então existem outras formas de encontrar Deus?
      Z — Com certeza. E são mais simples, fáceis e diretas, ao alcance do homem comum como você e eu.
      T — Pode indicar estas formas?
      Z — Posso. Mas para não nos desviarmos do foco cientificista, só lhe direi que a oração fervorosa (verdadeiro ato de fé) e a meditação podem produzir este encontro.
      T — Ok. Estou até mais aliviado. Agora podemos voltar ao aspecto científico. Tem algo mais a acrescentar?
      Z — Tenho, e muito mais. No estágio que acabamos de mencionar, o cientista genial apenas reconheceu em si mesmo a existência da Centelha Divina e descobriu que esta pode lhe trazer os conhecimentos que procura e sua Faculdade Racional não tem condições de obter.
      T — Estou ansioso para saber o que você tem para acrescentar a isso, mas antes quero lhe perguntar: Este encontro e convívio com a Centelha Divina só pode ser obtido por cientistas geniais?
      Z — Não só. Os chamados gênios da pintura, da música, da escultura, da poesia, etc. também acessaram essa dimensão do seu próprio ser.
      T — Agora sim, está completo meu entendimento. Voltamos à genialidade científica?

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    3. Z — Podemos voltar, mas você deve indicar os pontos que ainda não foram satisfatoriamente esclarecidos.
      T — Você estava falando de camadas de neurônios especializados na produção do conhecimento por estimulação sensorial, o que vem depois?
      Z — Esta camada neuronal é a mais superficial da Faculdade racional e nela se encontram diferentes grupos de neurônios, cada um diferente do outro, de modo que uns elaboram o entendimento a partir dos estímulos da visão, outros do tato, outros do paladar, audição e olfato...
      T — Até aí nada demais. Eu já tinha entendido isso e me referi a todos como sensíveis à estimulação sensorial. Existem outros grupos de neurônios na Faculdade Racional?
      Z — Sim, e são muito numerosos. Só para exemplificar, tem o grupo da raiva, do ódio, amor, ciúmes, inveja, medo, ambição, competitividade, agressividade, afetividade, caridade, benevolência, perdão...
      T — Caridade, benevolência, perdão... eu achava que você estava falando de coisas de natureza material...
      Z — E estou...
      T — “...afetividade, caridade, benevolência, perdão...” são de natureza material?!
      Z — Com toda certeza! Lembre-se que de natureza material é tudo que for passível de ser modificado pelo homem, e seguramente você pode intervir nesses componentes de si mesmo.
      T — Ah sim! Lembrei. Você destaca isso para deixar claro que o homem não tem poder para intervir nas coisas de natureza divina, é isso?

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    4. Sim, é isso. Mas voltando ao ponto, informo que o cérebro humano ainda constitui um vasto campo de pesquisas a ser percorrido pela ciência até ela se deparar com a parte de natureza não material da consciência...
      T — Parte de natureza não material da consciência?! Como assim? Isso existe ou é uma invenção sua com ares de piada?
      Z — Fique calmo, meu amigo, e não julgue aquilo que desconhece, sob pena de bloquear sua mente e não conseguir obter o conhecimento total de si mesmo.
      Saiba que chegamos ao limite além do qual a ciência não consegue passar...
      T — Acho que você “pirou” de vez!. Está estabelecendo limites para a ciência?!
      Z — Não. Estou lhe informando apenas que a ciência, ao chegar neste ponto e reconhecer esta realidade, cria condições para caminhar de mãos dadas com a religiosidade...
      T — A religiosidade está na parte de natureza não material da consciência?!
      Z — Não é bem assim. Esta parte da sua mente está em contato direto com a parte de natureza material da sua consciência e as duas partes formam a consciência como um todo. O que diferencia uma da outra, é que a parte de natureza material recebe os conhecimentos elaborados pela sua Faculdade Racional (Logo, pertencentes ao mundo dos fenômenos materiais); enquanto a parte de natureza não material recebe os conhecimentos que lhe são trazidos pela sua Centelha Divina (Logo, pertencentes ao Plano Absoluto). A sua mentalidade é formada pela soma dos conhecimentos obtidos por essas duas instâncias de aquisição do saber.
      T — Tem muita coisa nessa sua resposta que precisa ser melhor esclarecida, mas por enquanto, lhe pergunto: Qual é a diferença entre mente e mentalidade?

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    5. Z — De um modo geral e simplista, podemos dizer que mente é matéria e mentalidade é pensamento. Isto satisfaz sua pergunta?
      T — Acho que entendi. Você quis dizer que a mente é formada pelo cérebro, com seus milhões de células neuronais, que formam grupos distintos, sendo que cada grupo é especializado na elaboração do conhecimento em função do estímulo que recebe. Ou seja, o grupo de neurônios que elabora o conhecimento a partir do estímulo da visão é diferente do grupo que elabora o conhecimento a partir do estímulo da audição, ou do paladar, ou do tato, olfato, raiva, prazer, ódio, vingança, compaixão, perdão, amor, inveja, ciúmes, etc. e tal, é isso?
      Z — Você foi muito além do que eu esperava do seu entendimento, o que me surpreende de modo favorável e encoraja a prosseguirmos. Só faltou concordar com a afirmação de que a mentalidade é a conclusão a que você chega a partir desses conhecimentos assim obtidos, a qual lhe indica o que deve fazer, falar e pensar, ou seja, orienta seu modo de estar na vida. Se concordar também com este entendimento, estou certo de que podemos continuar nos entendendo. Concorda?
      T — Com certeza, eu só não me referi a isso porque achava que este entendimento é claro e indiscutível.
      Z — Pois bem, se é assim, podemos avançar para lhe dizer que em seus deslocamentos ao Plano Absoluto, seu DP (Divinal Pessoal, ou Espírito, ou Centelha divina, ou que outro nome queira dar) pode ser acompanhado pela parte de natureza não material da consciência e esta, por se manter em contato com a parte de natureza material da mesma consciência, pode receber desta novos questionamentos ou pedidos para esclarecer melhor os que já foram tratados...
      T — Em comunicação anterior, você informou que esta saída do corpo pode durar horas. Como ficam as funções vitais do organismo? Que limitações de desempenho sofre o corpo durante a ausência do Espírito e de parte da consciência?

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    6. Z — As funções vitais são mantidas em funcionamento normal, só um pouco mais lento por causa da serenidade e equilíbrio orgânico predominante. Quanto ao desempenho de atividades, continua podendo ouvir, falar, perguntar responder, argumentar com coerência lógica, analisar situações e concluir a respeito da melhor atitude a tomar. A esse propósito, é bastante ilustrativo o seguinte fato: Estava num sobrado da Rua da Conceição, atrás da Central do Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, desceu as escadas, ganhou a rua, andou até à Av. Presidente Vargas, desceu na direção da Igreja da Candelária, tendo de atravessar ruas de intensa movimentação de veículos, entre elas a Av. Rio Branco, parou à margem destas ruas à espera do sinal abrir, quando então atravessou em segurança, continuou andando até o Consulado de Portugal no Rio de Janeiro, então localizado na Praça da Candelária, entrou no elevador, falou com o ascensorista onde queria ir, foi atendido por funcionários do Consulado, com quem conversou sobre o processo de obtenção de dupla cidadania e retornou pelo mesmo trajeto até ingressar no aposento em que estava na Rua da Conceição e ali prosseguiu em sua jornada pelo Plano Absoluto até obter os conhecimentos que procurava.
      T — E as pessoas com quem conversou não notaram nenhuma diferença, seja de expressão, modo de falar, etc.?
      Z — Se notaram não manifestaram qualquer estranheza.
      T — Mas não fica muito diferente?
      Z — Muito não, fica um pouco mais lento no falar, olhar meio vago, como se não se fixasse em nada, gesticula menos com as mãos, expressão facial menos vibrante, mas como a lucidez de raciocínio permanece inalterada, é natural que as pessoas não manifestem qualquer estranheza, seja por respeito às diferenças individuais, seja porque não sabem o que dizer nessas situações.
      T — Entendi. Mas o que isso tem a ver com ciência e religiosidade?
      Z — Quanto ao aspecto da religiosidade, ela está presente e evidenciada neste relato, que tem seu ponto alto na informação que Espírito e parte de natureza não material da consciência podem se deslocar do corpo que habitam por longo tempo, sem lhe causar qualquer dano; quanto ao aspecto da ciência, aqui se abre um vasto campo de pesquisa científica, qual seja o de tornar conhecido o funcionamento das células neuronais em função das atividades que desempenham, tendo em vista que o grupo que elabora o conhecimento a partir dos estímulos da visão não é o mesmo da audição, ou tato, etc.; a ponto de disponibilizar informações suficientes para pais, professores, religiosos e demais adultos que lidam com jovens, saberem o que devem fazer para que se desenvolvam de forma completa e harmoniosa.
      T — Você vem falando de religiosidade e agora falou de religiosos, querendo significar pessoas devotadas a crenças e práticas estabelecidas pelas mais diversas religiões, ou seja, sacerdotes católicos, pastores protestantes, líderes espiritualistas e tantos outros que consagram as suas vidas ao elevado mister de levar a palavra de Deus aos seus fiéis. Isto me deixou confuso. Afinal, religião e religiosidade são a mesma coisa?

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    7. Z — Com toda certeza, NÃO!
      T — Então, qual a diferença? O que é religião e religiosidade?
      Z — Do último para o primeiro, religiosidade é a propensão natural da Criatura se relacionar com seu Criador, o que busca durante a vida toda; religião é a maneira criada por alguns homens de oferecer a outros homens um meio de alcançar esta relação.
      T — Podemos, então, dizer que a religião é um complemento da religiosidade?
      Z — Poderíamos se a religião tivesse uma proposta libertadora...
      T — Como assim? Você está querendo dizer que a religião é aprisionadora?
      Z — Não. Estou dizendo que as religiões precisam libertar seus fiéis das normas e regras impostas pela vida em sociedade, ou pelas conveniências de alguns se perpetuarem no poder...
      T — Continuo não entendendo aonde você quer chegar. Seja mais explícito, por favor.
      Z — Vamos lá. Ao se apresentar para os fiéis como intermediário entre eles, fieis, e Deus, o líder religioso transmite o entendimento que o fiel não tem competência para se comunicar com o Deus de sua devoção, o que gera dependência e conduz a uma aceitação passiva desta intermediação, não raras vezes levando a um sentimento de gratidão e postura idolátrica que o faz aceitar sem qualquer questionamento a orientação que receber daquele que considera seu protetor e, por que não dizer? Salvador.
      T — Mas isto não é um bem que o religioso faz a seus fiéis?
      Z — Sem dúvida que sim. É um grande bem e até mesmo necessário para o grupo de pessoas em estágio primitivo de evolução, com nível de desenvolvimento mental primário, as quais não teriam condições de viver em sociedade por falta de discernimento próprio do que é justo, bom e verdadeiro.
      T — Então, onde está o aprisionamento?

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    8. Z — O aprisionamento está em em impor regras e normas iguais para todos os fiéis, sem levar em conta que muitos destes já evoluíram o suficiente para saberem o que é melhor para si, podendo identificar e vencer os obstáculos que os impedem de criar condições para se comunicarem com Deus sem precisarem de intermediários.
      Para este grupo de pessoas, as religiões estruturadas pelo homem, com regras e normas subordinantes, constituem um grande empecilho à evolução da mente, a qual culminaria com o encontro consciente da Centelha Divina que todos possuem.
      Além disso, como a Criatura não tem condições de explicar o Criador, sempre que alguém tenta explicá-lo, o máximo que consegue é reduzir a divindade à dimensão humana, ou seja, oferece o entendimento de um Deus criado pelo homem “à sua imagem e semelhança...”
      Logo, ao dirigir suas preces a este deus criado pelo homem, elas nunca serão ouvidas pelo Deus que criou o Homem...
      T — Eu estava começando a entender e até concordar com você, mas esta confusão entre um deus criado pelo homem e o Deus que criou o Homem embaralhou minha cabeça. Dá para explicar de um modo mais simples?

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    9. Z — Se é mais simples eu não sei, vai depender de você se livrar dos preconceitos com que a nossa cultura modelou a sua maneira de aceitar as “verdades” que estão na base da sua tomada de decisões. Vou tentar:
      Tudo começou com o autor da Gênesis bíblica, quando Moisés, ao ter contato com “...Aquele que é...”, se deu conta que se transmitisse ao povo que ele queria libertar da escravidão esta verdade exatamente como a conheceu, o povo não a compreenderia e se voltaria contra ele. Aí Moisés se deparou com o angustiante dilema: Ser fiel à verdade, com risco de fracassar em sua missão de libertar o povo, ou falar do Deus único de maneira a ser compreendido e aceito pela mentalidade predominante na época?
      A escolha de Moisés foi pela segunda opção e ofereceu ao povo a compreensão de um deus a serviço do povo, capaz de aumentar a prole e os rebanhos daqueles que seguissem seus mandamentos, além de os levar a vencer na guerra, etc., etc., etc....
      T — Começa a fazer sentido de novo. Moisés queria beneficiar seu povo e achou que a melhor maneira de fazer isso era levá-lo a adorar um deus que era todo poderoso e, portanto, um grande aliado em suas lutas contra inimigos muito temíveis, seja nas guerras ou noutras adversidades da vida. É isso?
      Z — Acho que você explicou isso melhor do que eu. Já desembaralhou sua cabeça?
      T — Já estou novamente em condições de compreender seus esclarecimentos. Você acha que os líderes religiosos de nossos dias também se deparam com um dilema semelhante ao de Moisés?

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  44. Z — Em alguns casos, sim. Vai depender da condição de compreender dos seus fiéis seguidores.
    T — Mas eu não conheço nenhuma religião que ofereça uma maneira diferenciada em suas práticas litúrgicas, em função do nível intelectual dos fiéis. Será que isso existe?
    Z — Se não existe, deveria existir, sob pena de um nivelamento por baixo, reduzindo todos os fiéis à mesma condição de só serem capazes de cultuar um deus criado pelo homem.
    T — Você repete muito a figura de um deus criado pelo homem e nem mesmo escreve esse deus com "d" maiúsculo. Isso me intriga e acho que tenta me dizer algo mais que ainda não disse. Fale um pouco mais desse deus criado pelo homem.
    Z — Conforme já tive oportunidade de indicar reiteradas vezes, a Criatura não tem condições de explicar o seu Criador. Portanto, qualquer coisa que alguém disser a respeito de Deus tudo que consegue é reduzir deus à dimensão humana. Assim, produzir imagens de divindades com traços e feições humanas, é uma forma de reafirmar que o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus. Isto é uma maneira de indicar que o homem criou um deus à sua imagem e semelhança. Concorda? Até aqui estamos nos entendendo?
    T — Tem sentido. Se o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus, nada mais natural que Deus tenha a imagem e semelhança do homem.
    Z — Pois é, aí é que mora o perigo. Porque alguns homens, ao se apresentarem para outros homens como intermediários entre estes e a Divindade (Sacerdotes de todos os credos) confere àqueles homens (os sacerdotes) o poder de impor suas “verdades” àqueles que os idolatram. Isto é um vigoroso alimento para o vírus da vaidade.
    Além disso, incute na mente dos fiéis um sentimento de menos valia em comparação com o sacerdote, que os faz aceitar passivamente a orientação que recebem deste, tornando-se presa fácil de manipular por aqueles que, valendo-se do “status” de superioridade sacerdotal, sem o serem de verdade, utilizam essa condição de "superioridade" para satisfazerem interesses menores, como o acúmulo de bens materiais, desfrutar das benesses que o poder temporal proporciona, inflar o ego e tantos outros desse jaez; os quais são tantos e tão fáceis de perceber que é escusado relacioná-los aqui.
    T — Ufa, ufa!! Agora ficou mais fácil. Mas eu não resisto a uma última pergunta sobre este assunto: Você acha que existem sacerdotes capazes de se comportarem dessa maneira?
    Z — Com toda certeza, NÃO!!!
    T — Confesso que esperava outra resposta?
    Z — Repito o não mais categórico, para lhe dizer que quem se comportar dessa maneira, por mais que esteja revestido dessa aparência, com certeza NÃO É SACERDOTE.
    T — Agora, sim. Fez sentido completo. Acho que você se empolgou demais e acabamos nos desviando da temática que vínhamos seguindo. Podemos retornar a ela?

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  45. Eu ainda tenho ponderações a fazer e dúvidas a esclarecer. Podemos continuar nesta linha de abordagens?

    Gaston Duvivier

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    1. Prezado Gaston.
      É com muita alegria que registramos sua manifestação de interesse pelos assuntos que alimentam este debate. No entanto, quero lembrá-lo que este espaço prioriza abordagens relacionadas com Ciência e Religiosidade. Se suas ponderações vierem a acrescentar a este enfoque, teremos prazer em autorizar sua publicação neste espaço, mas lembro que está à disposição de todos que se empenham pela busca da VERDADE QUE LIBERTA uma página genuinamente conceitual, onde poderá expor livremente seus conhecimentos, perguntar, responder, questionar, contestar e tudo mais que vier a contribuir para o autoconhecimento.
      Envie-nos seus comentários por aqui e nós decidiremos sobre o melhor espaço para levá-los ao conhecimento do numeroso público que nos acompanha.

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  46. Obs.: Estamos retomando o debate com Totman da Silva, interrompido momentaneamente para dar espaço ao diálogo com Gaston Duvivier, cuja contribuição agradecemos. Assim, voltamos ao questionamento de 29/12/2017:

    Z - Podemos retornar à temática relacionada com a Ciência como caminho alternativo para encontrar Deus e é bom fazer isso já, antes que os amáveis leitores se sintam frustrados em suas expectativas, mas lembre-se que é você quem conduz o processo. Assim, a “bola” está com você para indicar o tópico a ser esclarecido, ou o questionamento a ser respondido.
    T — OK. Vou tentar recuperar o ponto em que nos desviamos desses assuntos. Desculpe se eu repetir alguns pontos já esclarecidos:
    Em nosso bate-papo de 23/11/2017, eu lhe perguntei, num tom de espanto e meio irônico, nestes termos: “Ah sim! Lembrei. Você destaca isso para deixar claro que o homem não tem poder para intervir nas coisas de natureza divina, é isso?”
    Isso foi suficiente para nos desviarmos da temática cientificista relacionada com o divino. Peço desculpas e pergunto: Além dos grupos de neurônios especializados na elaboração do entendimento a partir do que a pessoa vê, ouve e cheira, mais o que sente através do paladar e tato, existem outros grupos de neurônios igualmente especializados no desempenho de outras funções?
    Z — Que outras funções? Explique-se melhor.
    T — Você mencionou também, em nosso bate-papo de 23/11, grupos de neurônios especializados na elaboração do entendimento a partir de sentimentos como “...raiva, ódio, amor, ciúmes, inveja, medo, ambição, competitividade, agressividade, afetividade, caridade, benevolência, perdão...” e só parou por aí porque eu o interrompi.
    Se existem mesmo estes grupos de neurônios, cada grupo especializado no desempenho de uma função e, no dizer de você, são todos de natureza material, a ciência tem condições de analisar cada um destes grupos e concluir a respeito das características de cada grupo, diferenciando-o dos demais grupos, de modo a tornar conhecido o melhor meio, ou método, da pessoa fazer o melhor uso possível destes componentes de si mesmo, você não acha?
    Z — Acho, sim. E estou certo que as ciências, sejam físicas, químicas, biológicas, ou destas derivadas, têm feito avanços extraordinários nesse sentido.
    T — Até onde os cientistas podem chegar em suas descobertas? Existirá um limite além do qual a ciência não pode passar?
    Z — Conforme já indicado antes, o conhecimento científico depende sempre de um referencial de comparação, até porque o conhecimento científico só é reconhecido e aceito como tal se e quando determinado fenômeno, ao ser submetido às mesmas condições, oferece sempre o mesmo resultado. Mas a cadeia neuronal humana, com suas ligações e interatividade, é tão vasta e diversificada e nela entram componentes que não se submetem a fórmulas, regras ou equações científicas, que a ciência ainda tem um longo e diversificado caminho a percorrer, mas vai chegar num ponto além do qual não tem como passar.
    T — Seu atrevimento beira as raias da loucura! Você está estabelecendo limites para o saber científico?!

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  47. Z — Longe disso, meu caro. Apenas estou indicando que a ciência não dispõe de meios nem métodos que lhe permitam concluir a respeito do imponderável.
    T — Você voltou a ficar enigmático. Vá direto ao ponto, por favor.
    Z — Ok. As camadas de neurônios estão separadas por um espaço que regula as distâncias entre si, de modo a proporcionar o equilíbrio e interação das mesmas. Este espaço é preenchido pela Substância Simples de que se origina tudo que existe no plano material, mas a ciência, por não ter como analisar a Substância Simples, nega que ela existe e tende a chamar estes espaços de NADA...
    T — Pode parar por aí e me explicar porque diz que a ciência não tem como analisar a Substância Simples.
    Z — Porque ela, por ser simples, não oferece à ciência um referencial de comparação.
    T — Complicou mais ainda. Por que a Substância Simples não oferece um referencial de comparação?
    Z — Porque ela não se relaciona com nada. Ela simplesmente é. É simples, não é o resultado de qualquer combinação de elementos entre si, como ocorre com o núcleo dos átomos de tudo que existe no plano material. E porque é assim, não oferece um referencial que permita comparações e isto deixa a ciência sem um ponto de apoio que lhe permita definir a Substância Simples, seja no tocante a si mesmo ou no que se refere à ação desenvolvida pela mesma.
    T — Caramba! É difícil de compreender. Não tem um jeito mais fácil de explicar?
    Z — Não tem como explicar de modo a ser compreensível pela Razão lógica. A Razão lógica só compreende o que puder comparar e a Substância Simples não enseja comparações. Ela simplesmente é, como já foi destacado antes. Mas como não tem meio de explicar, também não tem como negar sua existência e atuação. É por isso que aqui a ciência se depara com o desafio de ter que aceitar o que não consegue explicar, mas também não pode negar que existe. Resta-lhe somente aceitar a realidade e conviver com ela de maneira harmoniosa e benéfica para todas as partes envolvidas.
    T — Todas as partes envolvidas? A ciência também pode se beneficiar da existência da Substância Simples?

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  48. Z — Pode e se beneficia grandemente, mesmo sem ter consciência disso.
    T — Como?!
    Z — É através da Substância Simples que o cientista recebe os conhecimentos que procura depois de alcançar o todo do saber científico, ou seja, os novos conhecimentos que acrescentam ao seu objeto de pesquisa algo inédito (genial) e impulsionam o progresso científico da maneira que todos conhecem e ninguém ousa contestar.
    T — Através da Substância Simples? Eu tinha entendido que os conhecimentos geniais eram transmitidos ao cientista pela Centelha Divina do próprio cientista (seu DP). Agora você vem dizer que é através da Substância Simples?! Que contradição é essa?
    Z — Tente manter-se sereno e não julgue precipitadamente as informações que recebe. Não tem contradição alguma, apenas informações complementares. Quem transmite o conhecimento genial é a Centelha Divina do cientista (seu DP), conforme indicado antes; ocorre que o DP tem na Substância Simples seu meio natural de locomoção, tanto para se deslocar ao Plano Absoluto quanto para trazer deste as informações que o cientista solicita e se disponibiliza para receber. Logo, sem a existência da Substância Simples, o DP não teria como transmitir à parte de natureza material da consciência estas informações.
    T — Ah, sim! Agora ficou claro. Então existe mesmo um espaço vazio que separa as camadas de neurônios umas das outras...
    Z — Vazio, não. Existe um espaço entre todas as camadas de neurônios, mas não é vazio. Muito pelo contrário, está cheio da Substância Simples que dá origem a tudo que existe no Plano Material, a qual regula as distâncias entre as camadas, de modo a ensejar o equilíbrio dinâmico dos seus componentes e possibilitar a interação das mesmas, formando um todo uno e indivisível que compõe o cérebro humano.
    T — Como não é vazio? Se a ciência não consegue demonstrar que existe algo, a conclusão lógica é que algo não existe ali. Logo o espaço está vazio.
    Z — “O cego não vê a luz, mas não tem direito de afirmar que a luz não existe.” De fato, a luz não existe para ele que não consegue ver. Desculpe a alegoria simples e vulgar, mas precisamos reconhecer que o processo evolutivo da humanidade está em curso e está longe da meta de chegada. Só que esta abordagem pode nos desviar do foco principal, por isso proponho retornarmos ao aspecto cientificista que vínhamos seguindo. Concorda?
    T — Concordo e peço desculpas por contestar algo que “está na cara.” Retomando, cabe a pergunta: Podemos afirmar, então, que o universo é composto pela matéria densa e pela substância simples que lhe deu origem?

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    1. Z — Não só. Podemos afirmar que estes dois componentes formam o universo mas...
      T — Mas... se existe algo mais eu já não entendo mais nada! Agora que o entendimento começava a ficar claro na minha cabeça, você vem dizer que não é só isso!? Assim fica difícil, por que não diz tudo de uma vez? Se existe algo mais, o que é?!
      Z — Volto a lhe pedir para se manter sereno e não tirar conclusões precipitadas do que lhe é dado a conhecer, nem julgar o que desconhece. Lembre-se que é preciso manter a mente aberta para alcançar a verdade que liberta. Posso prosseguir?
      T — Com certeza. Desculpe por tê-lo interrompido e me descontrolado.
      Z — Ok. Só quero lembrar de novo que é você quem conduz o nosso diálogo e eu me limito a responder seus questionamentos, de modo que sua mente pensante possa compreender, para não sufocá-lo com abordagens muito complexas.
      Já que recuperamos condições de prosseguir, acrescento que existe, imerso na Substância Simples, um componente intermediário entre esta e os corpos densos, o qual atua de modo a propiciar a transmissão de informações a todos os integrantes do conjunto dos corpos materiais, sejam estes simples elementos constituintes do núcleo dos átomos ou os mais complexos organismos que existem...
      T — Desculpa, mas volto a interrompê-lo para não deixar passar algo mal entendido por mim. Não quero ficar perdido nem tirar conclusões erradas. Mas esta função não é desempenhada pela Substância Simples que está dentro e entre tudo que existe no Plano Material? Esta informação, para mim, é novidade. Se existe outro componente, que nome tem? O que o diferencia da Substância Simples e dos corpos densos?
      Z — A ciência conhece este componente e o denomina de “energia”. É muito semelhante à Substância Simples, sendo diferente desta apenas pelo fato de que a Substância Simples pode criar corpos densos e a “energia” não tem esse poder.
      T — Isso que você está me apresentando como “energia” também foi criado pela Substância Simples?
      Z — Sim. Sua criação ocorre simultaneamente com a dos corpos densos, logo após ser criado o segundo destes, em função da necessidade da comunicação entre todos, propiciadora da interatividade e equilíbrio dinâmico garantidor da estabilidade do grupo.
      T — Se faltar energia, o grupo se desintegra?

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    2. Z — Necessariamente não. O grupo tem condições de se manter temporariamente, embora com atividade reduzida, até que a Substância Simples crie e reponha a energia que tenha sido retirada, ou esta falta seja suprida pela transferência dos corpos circundantes.
      T — Então pode haver a transferência de energia de um corpo para outro?
      Z — Pode e acontece com muita frequência de modo natural e espontâneo, independente do corpo que recebe e do que doa terem conhecimento disso ou não.
      T — Em que situações ocorre a transferência energética entre os corpos e em que situações se dá a produção de energia para repor a que tenha sido perdida?
      Z — A transferência de energia entre os corpos ocorre imediatamente após um destes tê-la perdido, mas se a perda for muito grande a ponto dos corpos circundantes também ficarem em falta, a Substância Simples intervém no processo e cria energia em quantidade suficiente para restabelecer o equilíbrio do conjunto.
      T — Este fenômeno de transferência de energia também ocorre entre as pessoas?
      Z — Sim e o processo é semelhante ao que acabamos de analisar, mas eu sugiro deixar este enfoque para mais tarde, a fim de não nos desviarmos muito do ponto que vínhamos analisando. Concorda?
      T — Concordo e acho bom, senão acabamos perdendo o “fio da meada”.
      Z — Então, a “bola” está com você. Questione, pergunte, conteste, de modo a ficar completa e profundamente esclarecido.
      T — Antes você informou que “...isto deixa a ciência sem um ponto de apoio que lhe permita definir a Substância Simples, seja no tocante a si mesmo ou no que se refere à ação desenvolvida pela mesma.” É fácil aceitar a incapacidade da ciência para definir a Substância Simples, mas me recuso a reconhecer que a ciência não possa explicar a ação sobre os corpos densos. Você mantém seu entendimento?

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    3. Z — Mantenho e o reafirmo, apenas concordo que a ciência pode explicar tudo que acontece com os corpos densos, mas não dispõe de meios para comprovar a causa do que lhes acontece que ultrapasse os limites de outros corpos densos como causadores. Quando ela evoluir a ponto de poder mensurar a atuação da Substância Simples na matéria, terá dado um passo gigantesco na direção de caminhar de mãos dadas com a religiosidade.
      T — Este é o ponto aonde você queria chegar, ou melhor, queria que eu chegasse?
      Z — Ainda não. Nossa meta está próxima, mas ainda temos um bom caminho a percorrer.
      T — Fico cada vez mais ansioso, não dá para ir direto ao ponto?
      Z — Só depende de você se mostrar em condições de me acompanhar.
      T — Ainda não estou?
      Z — Suas indagações mostram que não e eu não tenho o direito de forçar sua aceitação daquilo que ainda não compreendeu completamente.
      T — Vou ser mais direto e objetivo: O que vem depois da camada de neurônios que acabamos de analisar?
      Z — Outra camada e mais outra, são muitas, até chegarmos à mais profunda e última que está em contato direto com a parte de natureza não material da consciência.
      T — Estão todas separadas por um espaço cheio da Substância Simples idêntico ao que acabamos de analisar?
      Z — Sim, entre todas as camadas de neurônios existe espaço semelhante a esse, só não é exatamente do mesmo tamanho em função da especificidade dos neurônios de cada camada.
      T — Você se referiu acima à existência de uma camada mais profunda e última. O que vem depois?

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    4. Z — Segue-se a parte de natureza não material da consciência.
      T — De natureza não material da consciência?! Eu tinha entendido pelo diagrama da apresentação desta página, que a seguir às camadas de neurônios viria a parte de natureza material da consciência. Eu entendi errado ou você está querendo dizer que a parte de natureza material da consciência também é formada por neurônios?!
      Z — Você entendeu certo e sua conclusão está surpreendentemente certa também. Reafirmo que a parte de natureza material da consciência é formada por células neuronais...
      T — Acho que você “pirou” de vez. Consciência é matéria?! Isto leva às raias da loucura!! Você sabe que ninguém vai aceitar isso como verdadeiro e corre o risco de ser ridicularizado, tanto pelo saber científico como pelo raciocínio lógico de pessoas simples como eu. Mantém essa afirmação?
      Z — Mantenho apesar de saber que me exponho a tudo isso que você acaba de destacar. Eu não posso trair a minha consciência e falsear a verdade que me foi dada constatar para agradar seja a quem for, ou obter o aplauso de quem quer que seja.
      T — Então, acho bom mostrar claramente em que apoia esse entendimento, senão eu serei o primeiro a desprezar suas informações e lhe deixar falando sozinho. Vou lamentar muito se tiver de fazer isso, porque jogará por terra todo o trabalho de chegarmos a este ponto. Estou esperando.

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    5. Z — Repare meu apressado companheiro, que estamos falando da parte de natureza material da consciência, a qual recebe os conhecimentos adquiridos ou produzidos pela faculdade racional, quando então, e só então alguém pode dizer a si mesmo que sabe.... Como a Faculdade Racional só consegue compreender e explicar a partir de um referencial de comparação (logo nos domínios dos corpos complexos) para que possa transmitir o que compreendeu à consciência, esta terá de ter condições de recebê-los e ninguém ousaria contestar que um ser só pode se comunicar com outro se for semelhante.
      Além desse exercício de raciocínio lógico, tenho condições de afirmar que isso foi constatado pelo “Gabriel” quando percorria o cérebro da Senhora francesa de procedência nobre, para ir ao encontro da Centelha Divina desta mesma senhora...
      T — Agora mesmo é que embaralhou de vez meu entendimento! Gabriel? Percorria o cérebro? Encontro da Centelha Divina? De onde você tirou isso?!
      Z — Está descrito no livro “Ser Total” Vol. II, páginas 476 e seguintes.
      T — Vou consultar. Espero que esteja melhor explicado lá, mas você podia me dizer o que o Gabriel encontrou naquela ocasião.
      Z — Podia, mas é muito longo e nos desviaria do foco.
      T — Está bem, eu vejo lá. O que vem depois?
      Z — Depois vem a parte de natureza não material da consciência. Esta sim, não tem nada de matéria densa nela e constitui o limite além do qual a Faculdade Racional não tem condições de passar...
      T — Nem nós, pelo que entendi. Esta é a meta? Paramos por aqui?

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  49. Z — Nada disso, meu caro, aqui é o ponto de partida para a dimensão do Plano Absoluto.
    T — Ponto de partida?!
    Z — Sim. Chegamos num ponto a partir do qual tudo que é, simplesmente é e não se torna diferente se for aceito tal como é ou se for negada sua existência, e também não faz diferença o nome que lhe atribuir a racionalidade humana. Ao chegar neste ponto, o cientista dotado de genialidade percebe esta realidade e se torna receptivo ao que vier a lhe ser comunicado, sem nem se interrogar a respeito de quem se comunica com ele. É nesta condição que recebe o conhecimento que procura, o qual, depois de ser transferido pelo seu DP à parte de natureza não material da sua consciência, esta o transfere para a memória, de onde sua Faculdade Racional pode se apoderar dele e decodificá-lo, deixando-o em condições de ser explicado para outras pessoas de modo que o compreendam racionalmente.
    T — Este é o ponto? Chegamos finalmente?
    Z — Chegamos finalmente ao ponto em que ciência e religiosidade podem caminhar de mãos dadas.
    T — Ufa! Que sufoco! Parecia não terminar nunca! Quanto ao componente religiosidade, está bastante claro que esta está representada pelo DP da cada um. Agora, quanto à participação da ciência, o que esta poderá fazer para que este caminhar de mãos dadas aconteça de modo a beneficiar a todos nós?
    Z — A partir deste ponto, a ciência (tão logo assimile o novo conhecimento genial) aceita naturalmente (até porque não tem mais como negar) a existência em cada pessoa (logo, no cientista também) de um componente de natureza não material e passa a considerá-lo objeto de suas pesquisas.
    T — Sim, e daí? Passa a pesquisar o componente de natureza não material dos corpos densos com base em que pontos de apoio, se ele não oferece um referencial de comparação e foi dito que este é o limite além do qual a ciência não pode passar?
    Z — Limite da ciência, não. Limite da Faculdade Racional, sim. Vamos ver se a gente se entende: Adotar o componente de natureza não material como objeto de suas pesquisas, não significa necessariamente que a ciência pesquisará este componente e sim que o levará em conta ao analisar os componentes de natureza material, deixará de negar sua existência e aceitará com naturalidade a participação do mesmo no conjunto dos fenômenos da vida.
    T — Começo a ver algum sentido nesta abordagem. Prossiga, por favor, mas seja mais explícito da próxima vez que falarmos deste assunto. Se possível, indique exemplos concretos de como a ciência pode atuar neste campo, mas agora tenho de ficar por aqui.
    Z — Ok. Espero seu retorno.

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    1. T — Retornei, meu caro “Z”. Podemos continuar do ponto em que paramos?
      Z — Sim, com toda certeza, mas precisamos recuperar esse ponto de modo a fazer sentido.
      T — Ficou sem resposta a seguinte pergunta: “Se possível, indique exemplos concretos de como a ciência pode atuar neste campo...”
      Z — Ok. Vamos a ela: São muito numerosos e diversificados os exemplos que podem ser citados, a ponto de podermos considerar que só a ciência tem condições satisfatórias de identificar com precisão e profundidade sua atuação. Mas para satisfazer seu questionamento, vou citar um em que a ciência pode atuar, o qual poderá trazer numerosos benefícios:
      1. A Ciência pode analisar os diferentes grupos de neurônios das camadas frontais, de modo a identificar semelhanças e diferenças, notadamente nos componentes bio-físico-químicos de cada um, que os tornam aptos a transformar em conhecimento os estímulos que recebem, uns da visão, outros do tato, outros do paladar, olfato e audição.
      T — Que benefícios esse conhecimento traria?
      Z — Se conhecerem melhor cada grupo neuronal, do tipo como cada grupo processa as informações que recebe, tanto professores, como psicólogos, pedagogos, enfim, todos que se empenham no desenvolvimento mental das pessoas, podem elaborar meios e métodos mais eficazes de promover este desenvolvimento.
      T — Acho que entendi, mas preciso de um tempo para assimilar essa informação.
      Z — Tudo bem, você tem todo tempo eu precisar, mas não se esqueça que eu continuo à sua disposição para continuarmos este assunto.

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    2. T — Ainda não resolvi continuar, mas preciso da sua ajuda para digerir o significado da expressão “...deus criado pelo homem e Deus que criou o homem...”. Não consigo conceber a ideia de um deus criado pelo homem, você pode explicar o que quis dizer com isso?
      Z — Você tem algum conhecimento da Bíblia?
      T — Tenho, sou um fiel seguidor dos mandamentos da Lei de Deus.
      Z — Se é assim, você terá facilidade para localizar em Êxodo, 3.14: “Eu sou...”. e “...aquele que é me enviou...”.
      Veja, meu caro Totman, que nada foi acrescentado a esta informação, nenhum adjetivo qualificativo, nenhuma explicação complementar, nem a atribuição de poderes especiais como onipresença, onipotência, todo poderoso, criador de todas as coisas, que tudo sabe, que tudo vê, que tudo julga ou quaisquer outros que exaltem a sua magnificência.
      Mais adiante, ainda em Gênesis, vemos o Deus único dado a conhecer a Moisés, colocado a serviço dos interesses, tanto pessoais como coletivos; em nome do qual se estabeleceram as normas e regras da vida na sociedade daquela época, no lar e na conduta pessoal (absolutamente necessárias para conter a barbárie reinante), mas ofereceram a noção de um deus a serviço do homem, logo desvinculado do Deus revelado a Moisés, cuja grandeza indicava que a criatura não tem meios de explicar o Criador, o que levou Moisés a se referir a Ele apenas como aquele que É.
      Posteriormente, os Profetas Bíblicos conquistavam aplausos e aceitação incondicional de seus mandamentos apresentando-se como inspirados por Deus e que este Ser Todo Poderoso, que tudo sabe, que tudo vê e que a todos julga, condenando uns e absolvendo outros. E que este deus mandara que fizessem a guerra contra seus adversários, apoderando-se dos seus pertences e que não deixassem vivo ninguém da geração dos mesmos, até o descendente que ainda estivesse no ventre materno deviam matar.
      T — Pode parar por aí, dá até raiva de ouvir isso. Vou voltar a ler a Bíblia e, caso encontre alguma procedência no que você está dizendo, voltamos a conversar.

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    3. T — Li mais de duas vezes o texto bíblico indicado por você e encontrei as citações a que você se referiu, mas eu entendi que esta foi a maneira que Moisés e os demais Profetas encontraram para levar a palavra de Deus ao Povo de Israel. Que mal pode haver nisso?
      Z — Eu também não vejo mal nenhum, pelo contrário, os iluminados Profetas bíblicos fizeram um grande bem ao estabelecerem as normas e regras da vida em sociedade e na família, além de indicarem os valores mais elevados que todo o cidadão devia adotar como norte para e própria vida.
      Só que ao dizerem que foi Deus quem lhes mandou estabelecer estas regras, normas e valores, ensejaram o entendimento de um deus que, embora onipresente, onisciente, todo Poderoso, que tudo sabe e que tudo vê, que criou tudo que existe, inclusive o próprio homem, apresentando este como feito à sua imagem e semelhança, ofereceram ao povo a noção de um deus concebido pelo homem, capaz de prover tudo que o homem necessitasse, desde que este seguisse os seus mandamentos.
      Ainda hoje, passados mais de 3.500 anos, muitas pessoas, para se esquivarem da culpa que lhes cabe quando algum mal lhes acontece, afirmam com total convicção: “foi a vontade de Deus.”
      São muito numerosos os exemplos nesta linha de análise, os quais podem ser encontrados na literatura das diversas civilizações que povoam a Terra, mas entendo que os citados são suficientes para lhe oferecer uma noção da diferença entre o Deus Criador do homem e o deus criado pelo homem.
      T — Visto por uma ótica lógica e racionalista, faz todo sentido. Mas é que eu tinha entendido sua indicação por um prisma da crença em que o texto bíblico foi todo inspirado pelo Deus único, logo inquestionável, e menos ainda que o conhecimento revelado tenha sido deturpado a ponto de expressar mais as conveniências e interesses dos detentores do poder do que a “verdade” revelada aos Profetas. Podemos prosseguir na nossa caminhada rumo à indicação de como “ciência e religiosidade podem caminhar de mãos dadas”?

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    4. Z — Podemos, mas é você quem deve indicar o tópico de que devemos tratar.
      T — Você estava mostrando como a ciência, ou melhor, o cientista genial pode contribuir para o tão desejado “caminhar de mãos dadas”. Já citou 3 exemplos, tem mais algum?
      Z — Tem. Vamos a ele:
      4. A Ciência pode comparar os neurônios das camadas frontais (predominantes na Faculdade Racional) com os das camadas intermediárias, de modo a indicar um meio de estimular estas células a entrarem em ação sem se deixarem neutralizar pela turbulência que caracteriza as camadas frontais.
      T — Para quê isso? Por que um cientista genial se ocuparia dessa análise comparativa e com que meios? Que benefícios isso poderia trazer para o desenvolvimento da ciência ou das pessoas?
      Z — Se você contiver um pouco seu impulso questionador, quase julgador do que desconhece, terá facilidade para perceber que um dos benefícios mais imediatos é evidente por si mesmo, qual seja o de aprofundar o autoconhecimento de modo a cada pessoa poder desbloquear sua mente, tornar-se receptivo ao novo e, desta forma, criar condições para receber o conhecimento que sua faculdade racional não foi capaz de obter.
      T — Ok, ok. Reconheço que este assunto me deixa meio ansioso, tenho pressa de chegar à meta e acabo me atropelando. De fato, o autoconhecimento traz um grande benefício, torna-me capaz de avaliar minhas possibilidades e limites, bem como de tomar as decisões mais acertadas, enfim, administrar melhor a minha vida; adquirir mais confiança em mim mesmo e mais coragem para enfrentar os problemas. Isto está claro, e quanto à ciência, que benefícios, ou melhor, em quê que isso contribuiria para o progresso da ciência?
      Z — Se você se dispuser a pensar um pouco no assunto, verá que a ciência teria ampliado muito seu horizonte investigativo, deslocando seu objeto de pesquisa do fenômeno para a causa do fenômeno e, uma vez identificado o agente causador, poderá indicar os meios e métodos de corrigir eventuais distorções, levando a um desempenho mais eficiente.
      T — Ok, ok. Não tenho como discordar desse entendimento nem motivos para tal, mas você não acha que esta conquista das ciências tende a beneficiar as pessoas mais cultas e melhor preparadas intelectualmente?
      Z — Não só. Este tipo de pessoas tem melhores condições de desfrutar dos benefícios que a ciência tem para oferecer. Mas estes benefícios alcançariam a todos, embora a uns mais do que a outros.
      T — Apesar de ser lógico e evidente por si mesmo, percebo que este estágio do processo evolutivo é meio excludente e, portanto injusto. Afinal, somos todos humanos e, como tal, temos direitos iguais. Você não acha?
      Z — No aspecto conceitual idealista, você tem razão, mas na prática não é assim que funciona. Basta olhar em volta para percebermos que, embora sejamos todos humanos e dotados de uma partícula da divindade que nos torna essencialmente iguais uns aos outros, cada um de nós está num momento diferente do processo evolutivo e isto precisa ser compreendido e respeitado.
      T — Explique isso melhor.

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    5. T — Da última vez que nos falamos eu lhe pedi para explicar melhor a igualdade essencial e as diferenças individuais, estas em função do momento em que cada um se encontra no processo evolutivo. Pode explicar?
      Z — Vou tentar. Se você pegar um grupo de dez pessoas, mesmo que de nível sociocultural semelhante, e comunicar a cada um o mesmo pensamento e depois perguntar ao grupo o que cada um entendeu, verá que dificilmente dois dirão que entenderam da mesma forma. Isto é apenas uma leve demonstração das diferenças individuais, que são nitidamente visíveis no componente físico e são fáceis de perceber no componente intelectual.
      T — Eu já fiz essa experiência e vi que é assim mesmo. Mas por quê, se todos tem um Espírito e este, por ser uma emanação do Divino Criador, é dotado de perfeição absoluta e igual em todas as pessoas?
      Z — O componente espiritual da pessoa não é culpado nem causador de nenhuma diferença individual. A condição mental de cada um é que responde por essas diferenças.
      T — Você está querendo dizer que quem evolui é a mente pensante e não o Espírito?
      Z — Afirmo isso com total convicção.
      T — Isso contraria um entendimento amplamente aceito, principalmente no seio das religiões espíritas. Mesmo assim, você mantém esse entendimento? Com base em que fundamento?

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    6. T — E então, você não diz nada? Ficou engasgado com o assunto? Eu estou esperando sua resposta faz um tempão! Afinal, mantém ou não mantém esse entendimento?
      Z — Eu mantenho esse entendimento, apesar de contrariar um numeroso grupo de seguidores da doutrina espírita, por dois motivos: o primeiro e mais importante, é porque em suas andanças pelo Plano Absoluto, Gabriel Flamens esteve em contato direto com o momento da criação de seres espirituais, onde constatou a procedência divina dos mesmos. O segundo, e este fruto de um entendimento lógico e racional, é que sendo obra direta de Deus, terá de ser dotado de perfeição absoluta, sob pena de termos de admitir que Deus, um Ser de Perfeição, produz seres imperfeitos. Este entendimento é inaceitável até por quem não for dotado de uma inteligência brilhante e não precisa de um grande esforço intelectual.
      T — Sua resposta me ofende. Eu não me considero de inteligência brilhante, mas também não sou incapaz de compreender o que tiver sentido lógico e estiver amparado pelo bom senso. Neste caso, eu me vejo obrigado a admitir que Deus é um Ser de Perfeição. Agora se Ele produz seres imperfeitos ou não, este é um julgamento que não estou capacitado a fazer.
      Prometo que vou pensar melhor no assunto e até vou conversar sobre o assunto com pessoas que eu considero mais capacitadas do que eu. Prometo também que logo que eu chegar a uma conclusão volto aqui mesmo que seja para uma despedida definitiva.

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    7. T — Voltei, não para uma despedida e sim para continuarmos nosso bate-papo sobre este assunto.
      Confesso que até tentei desistir, mas não consegui. Algo em mim, que eu ainda não consegui identificar, me deixa inquieto só de pensar em desistir deste assunto depois de termos caminhado penosamente até este ponto.
      Andei conversando com algumas pessoas mais entendidas do que eu, mas todas me deram respostas evasivas que mais serviam para se esquivarem do que esclareciam meu entendimento.
      Sendo assim, só me resta perguntar a você: Afinal de contas, onde entra a atuação do Espírito no processo de aquisição do conhecimento? Por que uns entendem de um jeito e outros entendem de outro jeito, se o que está em análise é igual para todos?

      Z — Desculpe se estou sendo repetitivo, mas não posso deixar passar um entendimento equivocado de que o Espírito encarnado (denominado por Gabriel Flamens de DP – Divinal Pessoal — também referenciado por alguns autores como Centelha Divina) seja causador de divergências de entendimento entre as pessoas.
      Sempre que alguém cria condições para receber o conhecimento que seu Espírito tem para lhe oferecer, este conhecimento lhe chega de forma cristalina, completa, e lhe deixa com uma certeza tão profunda que nada nem ninguém pode abalar.
      Se duas ou mais pessoas criam condições iguais para a atuação do Espírito de cada uma, certamente estas pessoas obtêm o mesmo conhecimento, de forma igualmente cristalina e completa, (podendo variar apenas na forma de transmiti-lo) proporcionando em todos certeza inabalável — esta certeza é tão profunda que jamais terão condições de negar a procedência Divina da mesma, “quem viu a luz, mesmo que fique cego, jamais terá condições de negar que a luz existe”.
      A dificuldade a vencer é que dificilmente se encontram duas pessoas no mesmo estágio do processo evolutivo. Logo, dificilmente criam condições igualmente plenas para a atuação do componente espiritual de cada uma. De imediato se percebe que a imensa maioria das pessoas só aceitam aquilo que sua Faculdade Racional conseguir compreender e explicar. Ora, um olhar mais atento vai mostrar o desnível intelectual e, portanto, o que para uns é muito fácil de entender, para outros é muito difícil e tem também aqueles que, por mais que se esforcem, não conseguem entender com clareza satisfatória e profundidade razoável. A estes só resta aceitar o entendimento que outros lhes transmitirem, tornando-se dependentes de alguém que lhes mostre o caminho a seguir e, quase sempre, são vítimas dos detentores do poder, que os transformam em “massa de manobra” por serem fáceis de iludir com aparências de verdades, mas que só são verdades na aparência — rótulo que mais esconde do que revela o conteúdo!
      T — Se a realidade é tão cruel, desumana e injusta por manter na ignorância a grande maioria da população, que fazer para reverter esta situação?

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    8. Z — Eu esperava já ter deixado claro que estamos num processo de libertação individual, ou seja, num processo em que cada pessoa assume a condição de “Aprendiz e Mestre de si mesmo”.
      T — Como “libertação individual”? Como “Aprendiz e Mestre de si mesmo”? Eu sou livre para fazer minhas escolhas, concordar ou discordar do que outros me disserem, exercer plenamente meu “Livre Arbítrio”. E agora você vem me falar em processo de libertação e se atreve a insinuar que eu posso me transformar em mestre de mim mesmo?! Você está confundindo minha cabeça. Eu exijo uma explicação clara, profunda e completa do que você quer dizer com isso!?
      Ou melhor, acho que você não vai conseguir me explicar nada, nem de forma profunda, nem completa e menos ainda clara. Por isso, é melhor deixarmos isso pra lá...
      Z — Deixo não, meu amigo. Sua generosidade ao querer me poupar de um possível constrangimento por não conseguir esclarecer seus questionamentos, em vez de me fazer desistir, mais me encoraja a repartir com você o que para mim tem significação profunda e clara. Vamos a ela?
      T — Eu já tinha desistido, mas se você tem algo a acrescentar, eu quero saber, só não agora porque ainda não digeri o que você quis dizer com “Aprendiz e Mestre de si mesmo”. Podemos deixar para outra ocasião?
      Z — Podemos, mas é você que tem de informar quando está preparado.
      T — Ok, ok. Eu falo.

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    9. T — Estou preparado agora! Tentei mas não consegui entender o que significa ser “Aprendiz e Mestre de si mesmo”, só que desta vez eu não vou desistir e nem me importo se você ficar desapontado por não conseguir me explicar.
      Z — Por libertação individual, entenda-se a condição de analisar tudo que lhe disserem, assim como todos os acontecimentos de que participar, de modo a assimilar o melhor conteúdo, modelar sua personalidade em função do significado que este lhe oferecer, de modo a discernir entre o certo e o errado, o bem e o mal, o justo e o injusto, e tomar suas decisões na estrita conformidade da sua consciência, sem se deixar induzir nem conduzir por quem quer que seja. Por outras palavras, cumprir as normas e regras da vida em sociedade porque concluiu que esta é a melhor escolha, e não por se sentir obrigado a cumpri-las por medo da punição a que poderia levar o descumprimento. Lembre-se que estamos falando de liberdade individual conquistada e não de liberdade individual concedida, porque nesta você só é livre para agir, falar e pensar na estrita conformidade do que outros lhe disseram que é bom, certo e justo...
      T — Ok, ok, ok. Entendi o que você quis dizer com “processo de libertação”, mas acho que ainda temos um longo caminho a percorrer até atingir esse estágio. E quanto a ser “Aprendiz e Mestre de si mesmo”, o que você tem a dizer?
      Z — Na cultura oriental, é aceito com naturalidade o axioma: “Quando o Discípulo está pronto, o Mestre aparece”. Em nosso meio este entendimento encontra muitas resistências, mas vale a pena destacar o seguinte fato: A mente pensante elabora os mais diversos questionamentos e se propõe a responder a todos. Quando se depara com fatos ou fenômenos que não encontram sustentação na razão lógica, atribui a estes fatos uma procedência sobrenatural, atribuindo aos benéficos uma procedência Divina e aos maléficos uma procedência Satânica. É o homem criando divindades, conforme se pode constatar através dos registros históricos das mais diferentes civilizações. Até aqui, caminhamos juntos, meu amigo?
      T — Sim. Nem precisava tantos detalhes porque o que você disse é evidente por si mesmo. Prossiga, por favor.
      Z — Este comportamento assim generalizado tem origem na supervalorização da racionalidade humana. Ou seja, na superativação dos sentidos carnais da audição, tato, visão, paladar e olfato; que leva a uma estimulação constante e intensa dos grupos de neurônios especializados em produzir o conhecimento a partir das impressões que estes sentidos lhes transmitem.
      A atividade intensa e constante destes neurônios (o pensar contínuo da mente humana) inibe a entrada em ação dos grupos de neurônios mais sutis, capazes de receber, processar e transmitir para a consciência, os conhecimentos provenientes do Plano Absoluto ou, se você preferir, da dimensão em que atuam os Seres Espirituais, com os quais se comunica seu DP (Divinal Pessoal) que nos acostumaram a denominar de Espírito, ou Alma, ou Prana, etc. Continuamos nos entendendo?
      T — Sim, sim! Prossiga, por favor.
      Z — Aquele que elaborar questionamentos relacionados com os Seres do Plano Absoluto, seja quanto à sua existência, seja quanto à atuação dos mesmos na vida de cada pessoa, ou até na vida após a morte física, e não se satisfizer com as respostas elaboradas pela racionalidade humana, adquire condições para neutralizar momentaneamente seus pensamentos e, desta forma, cria condições para sua mente receber os conhecimentos que procura e sua Faculdade Racional não foi capaz de obter.
      A este tornar-se receptivo a estes conhecimentos é que se pode denominar de “Quando o Discípulo está pronto, o Mestre aparece”, convertendo-se, nesse momento, em “Aprendiz e Mestre de si mesmo”.
      T — Chega, chega! Por hoje chega. Você foi muito mais longe do que eu podia imaginar. Preciso de um tempo para assimilar tudo isso, mas desde já lhe asseguro que fez mais sentido do que eu podia imaginar e, embora não consiga entender quem é nem o que é, algo em mim aplaude tudo isso.

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  50. Considero bastante relevante o assunto relacionado a liberdade. E de como a escolha pelo bem, vinda de forma racial, e não por medo de sanções, é uma escolha libertadora.
    A questão do aprendiz e mestre, me trás bastantes reflexões. Sou uma pessoa que considera correto uma postura de aprendiz para com quase tudo. Ao aceitarmos que não sabemos tudo, ao aceitar que temos sempre mais o que buscar, abrimos portas para novas ideias e soluções.

    Minha dúvida maior seria, um mestre pode se posicionar como aprendiz? Ele estaria perdendo sua condição de mestre? Ou seria algo natural e incentivo essa postura de questionador e aprendiz?

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    1. Prezado Marco Aurélio, seja bem vindo ao seleto grupo dos que buscam a “VERDADE QUE LIBERTA”.
      O que você chamou de “Minha dúvida maior” mais indica sua certeza do que sua dúvida. Suas considerações iniciais revelam um despertar interior para uma realidade que supera o conceito de vida em sociedade, de relacionamento com outras pessoas. Receba meu aplauso para seu entendimento de “... uma postura de aprendiz para com quase tudo”.
      Sem dúvida, quem tem a grandeza de ser humilde por escolha, mostra que encontrou o Caminho da superação dos entraves ao autodesenvolvimento, impostos pela selvagem competição que caracteriza a vida de relações.
      Diante destas considerações, só sobra espaço para lhe dizer que o conceito de “Aprendiz e Mestre de si Mesmo” não é aplicável ao relacionamento humano, ao convívio interpessoal. Ele se aplica à realidade em que cada um se depara com a essência de si mesmo. Ou seja, à condição em que a pessoa atende ao chamado da voz que vem de dentro e clama pela oportunidade de interagir com sua Mente Pensante. Esta sim, é que tem condições de assumir o papel de aprendiz, tornando-se receptiva ao que tiver a lhe dizer o Mestre que co-habita seu Ser. Qual lâmpada que ao acender dissipa as trevas, nesse momento, os questionamentos não respondidos pela racionalidade lógica, encontrarão as mais consagradoras respostas, oferecidas pelo Mestre Interior; o que torna compreensível pela Faculdade Racional o conceito: “Quando o discípulo está pronto, o Mestre aparece.”

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  51. T — Voltei, meu caro Gabriel, ou será Zeferino? Confesso que estou meio confuso. Tem horas que você parece uma máquina falante e noutras ocasiões sinto que estou em contato com o maquinista que se expressa através desta máquina.
    Desculpe a abordagem pessoal, mas como esta não tem nada a ver com o assunto que vem nos ocupando há muito tempo, desta vez eu vou direto: — Quando você vai mostrar o ponto de convergência em que ciência e religiosidade podem caminhar de mãos dadas?
    Z — Só de curiosidade, informo que quem lhe fala é a máquina. Se ela expressa ou não o conhecimento do maquinista, cabe a você descobrir, se isso for de seu interesse, caso contrário... deixa pra lá...
    Finalmente, você mostrou interesse naquilo que é a razão de ser desta página. Para irmos direto ao ponto, eu lhe peço para destinar alguns minutos do seu precioso tempo para assistir a um vídeo intitulado “Do Micro ao Macrocosmo”.
    Para tal, vá para a página inicial. Ela exibirá uma figura com o título: “Potência de 10. Do Micro ao Macrocosmo”.
    Clique no link abaixo desta figura. Ele enviará você para uma página em que este vídeo pode ser exibido, e lhe apresentará uma quantidade razoável de imagens acompanhadas de pequenos textos explicativos de cada uma.
    Se achar cansativo ou não lhe despertar interesse, não se detenha na análise de qualquer das figuras, simplesmente percorra todas sumariamente até chegar na 23ª. potência de 10, só para ter uma ideia do conjunto, e “VOLTE PARA CASA”.
    Da mesma forma, não precisa se deter na análise de nenhuma das figuras até chegar na 14ª. potência negativa de 10. Analise detidamente esta figura e poste aqui o entendimento que sua análise lhe proporcionou.
    Aí voltamos a conversar sobre o assunto. Combinado?
    T — Combinadíssimo. Me aguarde e esteja preparado para a bomba que eu farei explodir na sua cabeça.

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    1. T — Então, está preparado pra bomba que eu prometi explodir na sua cabeça?
      Z — Eu espero uma bomba, mas o efeito dela eu só vou conhecer depois da explosão. Diga lá!
      T — Eu não tenho uma bomba. Tenho apenas que confessar a pequenez do meu entendimento diante da grandeza, tanto do macro como do microcosmo. Estou tão confuso que nem sei qual é maior, o macro ou o micro. Confesso que desobedeci sua orientação e me empenhei na análise de todas as figuras, assim como dos textos explicativos de cada uma; até tentei contestar alguns destes textos, mas percebi que são tão coerentes e lógicos, que só me restou concordar com todos.
      O que mais me intrigou foi mesmo o recomendado por você, o da figura do átomo de carbono, mostrada na template da 14ª. potência negativa de 10. Só que aqui também não vi nada demais, o núcleo de um átomo de carbono, acompanhado da explicação “agora temos o núcleo de um átomo de carbono bem à nossa frente”, apesar de me fazer perguntar: “o que virá depois disto?” não me acrescentou muita coisa, apenas o entendi como uma demonstração científica que beira a ficção, mas mesmo que seja uma produção artística, está cheia de coerência lógica e fácil de compreender. Sinceramente, não sei aonde você quer chegar, nem porque recomendou tanto esta figura!?
      Z — Entendo, mas para nossa comunicação ficar mais completa, lhe peço que vá para a página inicial deste blog; ali tem uma figura denominada “Fonte de Vida”; compare esta figura com a do núcleo do átomo de carbono e veja se percebe alguma semelhança. Depois voltamos ao assunto, combinado?
      T — Combinadíssimo.

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    2. T — Eu fiz como você recomendou, mas não entendi direito o que você quis dizer.
      Z — Você analisou direito da figura da “Fonte de Vida”? Que entendimento teve dela?
      T — Sei lá!? Tem horas que ela parece uma nebulosa, daquelas que mostram as galáxias misturadas umas com as outras, e tem horas que ela remete para o arranjo de um átomo primitivo, mas este não tem nada a ver com o átomo de carbono. Estou confuso, se você tem alguma explicação a dar, dê logo antes que eu perca a paciência!
      Z — É da maior importância não perder a paciência e se manter sereno. Vou tentar lhe explicar o motivo desta comparação:
      Na figura do átomo de carbono, visualizado na 14ª. potência negativa de 10, a ciência nos coloca diante do núcleo de um átomo, mostrando os elementos constituintes deste núcleo aglutinados, formando um todo uno e indivisível, sem qualquer espaço entre estes elementos, não é verdade?
      T — Sim. Isto eu vi, mas até agora não entendi aonde você quer chegar.
      Z — Se você reparar bem na figura da “Fonte devida”, verá que tem um destaque bem na parte de baixo, do lado esquerdo, em que se apresenta o núcleo de um átomo rodeado de pequenas setas curvas, que indicam a trajetória da eletrosfera.
      T — Estas setas eu não consegui ver, mas admitamos que elas estejam lá, o que isso tem de especial?
      Z — As setas não tem nada de especial, mas os elementos do núcleo do átomo, tem...
      T — Tem o quê de especial? Pare de rodear e vá direto ao ponto que quer chegar.
      Z — Volte a analisar esta figura e veja que existe um espaço separando os elementos do núcleo do átomo, compare-o novamente com a figura do átomo de carbono e veja que nesta esse espaço não existe.
      T — Eu já tinha notado isso, mas não dei a mínima importância. Até achei que havia uma falha na figura que você denomina de “Fonte de Vida”. Confesso que fui levado a deduzir dessa forma porque tenho o entendimento de que o átomo á a menor partícula da matéria e é indivisível. Se o átomo como um todo é indivisível, como admitir que o núcleo do átomo seja formado por partículas separadas entre si, conferindo individualidade a cada uma?
      Z — Pois é. Exatamente neste ponto é que eu queria chegar. A grande diferença entre a produção científica e a produção artística desta figura, está no espaço que separa cada um dos elementos constituintes do núcleo de todos os átomos de tudo que existe no plano material.
      T — Agora é que confundiu de vez a minha cabeça! Já estava difícil conceber mentalmente o tamanho do núcleo de um átomo reduzido à 14ª potência negativa de 10, vendo-o como um todo uno e indivisível; agora você quer que eu mentalize cada um dos componentes do núcleo de um átomo!? Isso é demais para a minha inteligência!
      Z — Você quase entendeu, mas faltou o quase. Eu não quero que você mentalize o tamanho de cada componente do núcleo de um átomo, e sim que você perceba que existe um espaço que separa estes componentes, de modo a impedir que eles se toquem e possibilite o movimento harmonioso e iterativo entre eles.
      T — Você está falando de Mecânica Quântica?!
      Z — Não sei. Não entendo nada de Ciências de qualquer natureza, e menos ainda de Física ou Mecânica Quântica. Mas sei que existe um espaço que, a um só tempo, separa todos os elementos dos núcleos dos átomos de tudo que existe no Plano Material, e regula a proximidade entre eles, de modo a proporcionar a existência duradoura de todos eles. Sei também que este espaço é preenchido pela Substância Simples (Fonte de Vida) a qual tem condições para se modificar e, desta forma, criar vida material, a qual nada mais é do que esta Substância Simples modificada.
      T — Chega!!! Pra mim chega. Não sei como explicar, mas estou em estado de êxtase! É como se eu fizesse parte desse universo microcósmico e tudo ali me fosse íntimo e familiar. Deixe-me “curtir” este momento, por favor!

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    3. T — Podemos voltar ao assunto da “Fonte de Vida”?
      Z — Eu só estava esperando sua disposição de continuar este assunto. Você já recuperou sua condição normal de analisar e entender as coisas de forma lógica e racional?
      T — Eu nunca perdi a minha condição normal de pensar. Eu só pedi para parar porque fiquei empolgado demais com o entendimento que eu faço parte, a um só tempo, do macro e microcosmo.
      Agora quero que você explique melhor a afirmação de que a vida material nada mais é do que a Substância Simples modificada. Você está se referindo a sopro de vida, que conhecemos por Alma?
      Z — Não, nada disso. Eu estou me referindo ao que na nossa infância nos foi apresentado como “Onipresença de Deus”...
      T — Caramba! Cada vez fica mais complicado! Eu já tinha dificuldade para conceber a ideia da Alma como “ânima, Sopro de Vida”, e agora você vem falar em Fonte de Vida e Onipresença de Deus!? Eu acho que estamos nos desviando do assunto principal desta conversa, que é a Ciência como meio de encontrar Deus. Podemos retornar a esta temática?
      Z — Com certeza e é isto que desejo fazer, mas não forço nada. Simplesmente espero você indicar que está pronto para esta abordagem.
      T — Estou mais do que pronto agora. O que tem a ver o que você chamou de Substância Simples com Ciência, deixando entender que esta Substância Simples está dentro e entre tudo que existe no Plano Material?
      Z — Agora, sim. Chegamos ao ponto em que “Ciência e Religiosidade podem caminhar de mãos dadas”. Vamos lá?
      T — Vamos sem demora, porque estou ficando ansioso.
      Z — A Substância Simples, como o nome indica, é simples mesmo, ou seja, não tem dois componentes em sua formação, não é o resultado da combinação de partículas subatômicas, átomos, moléculas ou qualquer outro elemento...
      T — Desculpe interromper, mas eu não estou entendendo nada. Como pode existir algo que não seja a combinação de elementos diferentes desse algo? Admitindo que isto seja possível, de onde saiu esse algo? Qual a origem dessa “Substância Simples”, ou sei lá que nome dar a isso?
      Z — Acalme-se, por favor, e não tire conclusões precipitadas, nem julgue o que ainda não conhece.
      T — Você falou bem. Eu não conheço, mas estou ansioso para conhecer. Diga logo a procedência dessa coisa que você chama de Fonte de Vida.
      Z — Veja se encontra lógica na seguinte descrição: “De um ponto no universo emana Substância Simples, que se propaga em todas as direções e enche todo o espaço que lhe fica abaixo”.
      “Ao atingir determinado nível de afastamento do seu ponto de origem, a Substância Simples adquire condições para se modificar, parte dela se modifica, criando o primeiro elemento do primeiro núcleo do primeiro átomo, está criada vida material...”
      T — Você já tinha falado comigo a respeito desta descrição, mas fez menção vaga e superficial ao ponto de onde se origina esta “Substância Simples”. Você está querendo dizer que este ponto é Deus?
      Z — Não. Eu mencionei apenas um ponto, sem qualquer conotação com qualquer divindade e menos ainda com Deus.
      T — Se não é Deus, que nome dar a este ponto de onde, segundo você, emana a chamada “Substância Simples” e esta tem condições para criar vida material? Estou ficando confuso novamente. Podemos parar por aqui?
      Z — Você determina quando devemos parar e quando podemos continuar. Fico esperando, então.

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    4. T — Ainda estou confuso. Se não é Deus, que nome dar a um ponto de onde, segundo você, emana uma substância que tem condições para criar vida?
      Eu sempre ouvi falar que “Deus é o Criador de tudo que existe”. Agora você vem dizer que não foi Deus que criou a Fonte de Vida?! Acho que chegamos num ponto que não dá mais para continuar. Ainda quer acrescentar algo?
      Z — Sim, e tenho bons motivos para não permitir que um assunto tão importante como este seja interrompido sem os devidos esclarecimentos.
      T — Então trate de esclarecer logo!
      Z — Eu não disse que não foi Deus que criou a Fonte de Vida. Você é que entendeu erradamente dessa forma. Eu apenas disse que não daria o nome Deus ao ponto de origem da Fonte de Vida.
      T — Mas por que não? Se Deus criou tudo, criou também a Fonte e Vida, não é?
      Z — Repare que Deus é o nome que a nossa civilização dá a um Ser que julgamos tenha sido o criador de tudo que existe. Mas em outras civilizações lhe é atribuído outro nome, como Alá, Jeová, Rá-Atum, Zeus, Odin, Brahma, Panku, Izanami e tantos outros que é desnecessário citar aqui.
      Se atribuir um nome ou qualificação ao ponto de origem da Substância Simples, tudo que farei é submeter ao entendimento racional e lógico algo que a racionalidade lógica não tem condições para entender nem explicar, reduzindo sua significação à dimensão humana, quando este ponto está muito acima da dimensão humana, eis que propaga sua atuação para o universo estelar e galáctico.
      T — Esse entendimento dá margem para muitos questionamentos, mas sei que isso pode nos desviar do ponto principal desta abordagem. Por isso, pergunto: O que tem a ver o espaço que separa os elementos do núcleo dos átomos com o fato da Ciência e Religião poderem caminhar de mãos dadas?
      Z — Ciência e religião, não. Ciência e religiosidade, sim.
      T — Lá está você pegando de novo no detalhe. Eu que falei errado, desconsidere religião e considere religiosidade.
      Z — Ok. Chegamos ao ponto certo. Quando a ciência dispuser de recursos que lhe permitam constatar a existência deste espaço (que ela, a ciência, diz ser vazio) poderá mensurar a distância entre um elemento nuclear e os demais; poderá também constatar que este distanciamento é resultante dos movimentos diversificados que mantem o núcleo em equilíbrio dinâmico e existência duradoura do átomo. Além disso, terá condições para constatar que este espaço não é vazio, e sim que está preenchido pela Substância Simples, da qual uma parte se modificou para dar origem a tudo que existe no Plano Material.
      T — Sim. E daí? Aonde isso vai nos levar?
      Z — Com certeza levará a ciência reconhecer que existe a dimensão do Plano Absoluto, cujos ocupantes não são o resultado das combinações físico-químicas nem energéticas. Logo, não oferecem um referencial de comparação que permita distinguir uns dos outros; mas, apesar disso, estes Seres existem, tem individualidade e desempenham funções, tanto no Plano Absoluto, quanto no Plano Relativo e, portanto, sua existência, embora não possa ser comprovada física e racionalmente, também não pode ser negada.
      O reconhecimento pela Ciência da existência destes Seres, tornará o cientista receptivo à atuação dos mesmos, deixará de bloquear sua mente, criando condições para que eles lhe ofereçam o conhecimento que o cientista procura e não foi capaz de obter pela via racional e lógica. Logo, científica.
      Neste momento, o cientista terá acessado a dimensão da genialidade científica e, tendo desfrutado do benefício científico assim alcançado; além do bem estar consigo mesmo, da paz e harmonia interior de que passa a desfrutar, não hesitará em criar condições mentais para a atuação benfazeja dos Seres do Plano Absoluto, mantendo com estes um relacionamento contínuo e complementar das elaborações que o saber científico lhe proporciona.
      T — Aqui eu paro. Chega por hoje! Preciso arrumar tudo isso na minha cabeça. Quando eu conseguir, se conseguir, continuamos.

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    5. T. — “... não hesitará em criar condições mentais para a atuação benfazeja dos Seres do Plano Absoluto, mantendo com estes um relacionamento contínuo e complementar das elaborações que o saber científico lhe proporciona.”
      Não deu para “engolir” esta afirmação! "Criar condições mentais para a atuação...”, como? Relacionamento contínuo com os Seres do Plano absoluto, como? Como é possível um Espírito se relacionar continuamente comigo? Onde ele mora? Por onde ele viaja para vir ao meu encontro na hora que eu solicitar?
      É muita confusão para a minha cabeça. Você pode me ajudar a entender tudo isso?

      Z. — Vou tentar: Começo pela última indagação. Os Espíritos se movem através da Substância Simples existente no espaço entre os elementos componentes do núcleo dos átomos. Logo, podem penetrar em tudo que existe sem serem percebidos, nem sofrerem qualquer resistência, por mais dura que seja a matéria por onde passam...

      T. — Até o aço, um bloco de pedra, uma laje de concreto ou o diamante mais duro podem ser atravessados pelo Espírito sem que este seja percebido?!

      Z. — Exatamente. E isso é fácil de compreender...

      T. — Só se for fácil para você, Para mim é muito difícil e até duvido que isso seja possível. De que tamanho terá de ser esse Espírito para passar entre os elementos do núcleo dos átomos?

      Z. — Quanto ao tamanho do Espírito (neste caso é mais fácil de aceitar racionalmente se você mentalizar o Espírito como uma Centelha Divina). Aí você mesmo poderá imaginar seu tamanho quando a ciência lhe fornecer informações precisas da distância entre os elementos do núcleo dos átomos de cada matéria que você queira considerar. Certamente, o Espírito será menor do que esta distância, certo?

      T. — Faz sentido, mas acho que a ciência vai levar muito tempo para me dar essa informação. Penso até que não viverei o suficiente para ver essa realização científica. Por isso, volto á questão anterior: É pretensão exagerada do homem supor que um Espírito esteja à sua disposição na hora que ele quiser, mesmo que este homem seja um cientista genial.
      Afinal de contas, os Espíritos foram criados diretamente por Deus, como nos dá a conhecer o Gabriel Flamens, para atuarem no Plano Cósmico em funções as mais variadas, assim como junto dos homens, conduzindo o processo evolutivo da humana raça.
      Como aceitar que um Espírito esteja à minha disposição, na hora que eu solicitar, para atender a minha solicitação e me trazer o conhecimento que eu procuro?

      Z. — Sua narrativa mostra que você entendeu bem a função dos Seres Espirituais. Mostra também que você ignora que só é humano porque no seu corpo habita um Ser Espiritual (Denominado por Gabriel Flamens de Divinal Pessoal – DP). Alguns autores denominam de Centelha Divina, mas isso não faz a menor diferença. O que importa é reconhecer que este Ser de Natureza Divina existe em você. Você só é humano porque tem em si este Ser. Portanto, Ele não precisará se deslocar do Plano Cósmico para atender seu chamado.
      Como ele está em você, assim como está no cientista genial, no pobre ou rico, no Doutor ou analfabeto, no sacerdote ou bandido..., basta você dirigir sua súplica a este Ser Espiritual e disponibilizar sua mente para receber o conhecimento que ele tem para lhe oferecer. Faz sentido agora?
      T. — Deu uma clareada legal no entendimento, mas ainda resta uma dúvida: O Espirito que habita em mim sabe tudo? Eu posso perguntar qualquer coisa, que ele tem a resposta para todas as coisas?
      Deixo este assunto para outro momento. Preciso indagar isso de mim mesmo e conferir se meu Espírito tem como me responder.

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    6. T — E então, meu companheiro de jornada pelas entranhas do saber, quer seja científico ou filosófico, podemos continuar nossa digressão em busca das respostas que satisfaçam nossa sede de conhecimentos?
      Z — Por mim, estou à sua disposição para ajudar no que eu puder, apenas lembro que a melhor resposta para seus questionamentos é a que você mesmo encontrar.
      T — Tudo bem, nem precisava me lembrar disso porque você repete isso sempre, mas eu me acostumei a dividir com você o meu entendimento e quero continuar merecendo a sua companhia, podemos?
      Z — Com certeza, pode ir direto ao ponto. Lembro que você interrompeu o assunto com a alegação de que “Preciso indagar isso de mim mesmo e conferir se meu Espírito tem como me responder”. Ele respondeu satisfatoriamente?
      T — Sim. Ele esclareceu que não sabe tudo, na verdade não sabe nada do tipo conhecimento pré-elaborado, mas se minha busca do conhecimento se referir ao Plano Absoluto, Ele tem como me mostrar tudo que eu procuro, de maneira a que eu tire minhas conclusões e elabore a melhor forma de explicar racionalmente isso a mim mesmo.
      Z — Seu Espírito, ou melhor, sua Centelha Divina, sustenta que pode lhe mostrar tudo que você procura?
      T — Não é bem assim. Ele sustenta que pode me mostrar tudo que se referir ao Plano Absoluto e esteja em atuação no Plano Relativo.
      Mas se o que eu procuro estiver no Plano Absoluto propriamente dito, por ele estar vinculado ao meu corpo e sofrer as limitações que este corpo lhe impõe, ele solicita a intervenção de um Ser Divinal em condições Cósmicas e este lhe transmite o conhecimento solicitado por mim, a partir do que fica em condições de oferecê-lo à minha compreensão racional e lógica. Deu pra entender? Minha explicação está confusa?
      Z — Eu acho a explicação meio confusa sim, mas acho que entendi. Só não ficou muito claro o que você quis dizer com “...tudo que se referir ao Plano Absoluto e esteja em atuação no Plano Relativo...”. Afinal de contas, o conhecimento que você solicita se refere ao Plano Relativo ou ao Plano Absoluto?
      T — Eu também não entendi direito essa parte, mas foi assim que eu traduzi o que ele me mostrou, mas..., espera aí. Ele está sinalizando que pode esclarecer isso melhor. Você está em condições de ouvir o que ele disser por meu intermédio?
      Z — Sim, sim. Estou completamente aberto ao que você disser, não vou julgar nada nem rejeitar nada antes de fazer sentido para minha compreensão racional e lógica.
      T — Só uma correção: ao que eu disser, não, ao que ele disser por meu intermédio.
      Ele está dizendo que todos os componentes materiais do Ser Humano existem e se movimentam em meio à Substância Simples que lhes deu origem; que esta Substância Simples é uma porção da Substância Simples Universal e, portanto, faz parte da Fonte de Vida que está dentro e entre tudo que existe no Plano Material. Logo, é parte integrante do corpo ao qual ele está vinculado e através do qual se comunica, como está fazendo neste momento.
      Mas por ele estar vinculado a este corpo, só pode me oferecer o conhecimento que se refira ao mesmo, de vez que pode percorrê-lo e me mostrar o que eu procuro. O que ficar além da matéria, só pode ser mostrado com segurança na companhia e sob a proteção de um Ser Divinal em Condições Cósmicas.
      Z — Deu uma boa clareada no entendimento, mas preciso arrumar isso na minha cabeça. Depois continuamos, combinado?
      T — Combinadíssimo!

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    7. T — Ufa! Ufa! Quase não consegui digerir o entendimento da comunicação do meu DP. Confesso que foi muito cansativo, tive de analisar o texto diversas vezes, mas valeu a pena!
      Z — Valeu a pena?! Estou curioso, divide comigo o entendimento que você obteve, vai.
      T — Entendi que finalmente a Ciência e a Filosofia, ou melhor, o saber racional e o saber transcendental podem caminhar de mãos dadas e se completarem.
      Z — Grande descoberta, festejo sua conquista, mas preciso de exemplos para ver se também chego a essa conclusão.
      T — Veja: Quando meu DP esclarece que "... todos os componentes materiais do Ser Humano existem e se movimentam em meio à Substância Simples que lhes deu origem...”, oferece um caminho à Ciência para pesquisar esta Substância Simples que, por ter dado origem aos componentes materiais, pode ser chamada de Fonte de Vida. Vida e Fonte de Vida, aqui está o grande campo de aplicação do Saber Científico, com vistas a tornar compreensível racionalmente o elo que liga a causa ao efeito...
      Z — Começa a fazer sentido a sua euforia. Tem algo a acrescentar?
      T — Tenho: Visualizo a partir deste ponto, uma grande conquista para a humanidade...
      Z — Grande conquista, como? Acho que agora você se empolgou demais e atribui um mérito, do qual até você duvida...
      T — Duvido, não. Estou seguro que ao acabar o conflito entre a Ciência e a Filosofia, ou, se preferir, entre a racionalidade e a transcendência, a Ciência dará um avanço gigantesco no sentido de obter novos conhecimentos que beneficiarão grandemente a humanidade...
      Z — Como assim? Estou ficando confuso de novo. Aonde você quer chegar?
      T — Quero chegar ao ponto em que aquilo que hoje se denomina de genialidade científica, passará a se denominar de banalidade científica, tal a naturalidade com que os cientistas acessarão a dimensão da genialidade e de lá trarão os novos conhecimentos que procuram.
      Z — Acho que por hoje chega. Preciso sorver as delícias desta sua conclusão. Podemos ficar por aqui?
      T — Podemos, não. Ainda tenho de lhe dizer que a partir do momento que a ciência acessar naturalmente o Plano da Genialidade Científica, não terá mais condições de voltar para trás. Os benefícios obtidos serão tão grandes, que não poderá mais conter o impulso de seguir em frente e acessar também o Plano Absoluto. A partir daí, a ciência deixará de negar a religião porque terá descoberto que o meio científico também pode levar ao encontro de Deus!!!

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