Estudo dos fatores impeditivos da atuação consciente, interativa e simbiótica do meu componente de natureza NÃO material com a minha mente pensante.
Considerada em seu aspecto puramente
antropológico, a UNICIDADE pode ser
definida como a condição de existir em que os componentes de natureza material
e não material de cada um interagem de forma tão harmoniosa, espontânea e
natural que até se pode dizer que formam um todo uno e indivisível, resultante
dos dois mas diferente de cada um deles.
No aspecto relacional, a UNICIDADE,
para ser melhor compreendida, é conveniente compará-la com seu oposto, que é a
SEPARATIVIDADE, considerada esta como “a mãe de todos os vícios”. Assim, observam-se, dentre outras, as
seguintes diferenças comportamentais:
1. NA SEPARATIVIDADE:
1.1. Vê no
outro um adversário a ser vencido;
1. 2. Empreende
suas conquistas sem se importar se está sendo injusto ou se causa sofrimento ao
seu semelhante;
1.3. Empenha
seus talentos para sentir-se melhor ou superior ao seu semelhante.
1.4. Busca a
realização de seus interesses pessoais, sem levar em conta os interesses do seu
semelhante;
1.5. Sente
profundo desgosto pelo bem ou pela felicidade do seu semelhante;
1.6. Assume que
o ter é sinônimo de poder e não tem limites para as conquistas materiais
1.7.
Agressividade Agride como forma de se proteger e esconder suas fraquezas;
1.8. De
autoestima baixa, elege ídolos em que encontra seu ponto de apoio;
1.9. Sob tensão
emocional, experimenta grande sensação de mal estar consigo mesmo.
1.10. Considera-se
“dono da verdade” e rejeita tudo que sua faculdade racional não conseguir
explicar;
2. NA UNICIDADE:
2.1. Vê no outro um aliado a quem deve oferecer ajuda e
de quem pode esperar ajuda;
2.2. Nunca tenta obter para si sem antes se certificar
que seu objeto de desejo não fará falta ao seu semelhante;
2.3. Assume uma postura de deliberada humildade, nunca se
mostrando melhor nem superior ao seu semelhante;
2.4. Altruísta, Antes de se empenhar na conquista do que
deseja, pensa sempre no que convém ao seu semelhante;
2.5. Sente
profunda alegria pelo bem ou pela felicidade do seu semelhante;
2.6. Reconhece
que ter e ser são duas partes do mesmo todo e busca o equilíbrio entre as
mesmas;
2.7. Ciente de
seu poder, não sente a necessidade de agredir nada nem ninguém;
2.8.
Autoconfiante, só aceita o entendimento de outrem depois de compará-lo com o
seu e puder adotá-lo como se fora ele
quem o concebeu;
2.9. Absorve os
fatos desagradáveis, sem se deixar abalar pelos mesmos;
2.10. Sabe que
a faculdade racional só consegue compreender e explicar a realidade do plano
material e torna-se receptivo ao conhecimento que lhe pode transmitir seu
componente de natureza divina.
Achei muito esclarecedor o quadro comparativo entre a unicidade e a separatividade e reconheço mesmo que a imensa maioria das pessoas (inclusive eu), na maior parte do seu tempo de vida comportam-se com o perfil indicado na separatividade. Só não consegui compreender a simbiose entre “meu componente de natureza não material e a minha mente pensante”. Se alguém puder partilhar algumas opiniões de modo tentar perceber de forma prática esse antagonismo, ficarei agradecido!
ResponderExcluirCaro Marcelo,
ExcluirPor simbiose compreendemos o que é reciprocamente benéfico, certo?
O seu componente de natureza não material, assim como o meu e o de todas as pessoas, é o que nos acostumaram a chamar de Espírito, um Ser com individualidade e vida eterna, criado diretamente por Deus com a missão de conduzir o processo evolutivo do homem.
Este ser espiritual, se a mente pensante não o impedir, tem poderes para se deslocar a qualquer parte, tanto do macro como do microcosmo, e de lá trazer para a mente pensante os conhecimentos que a racionalidade humana não tem capacidade para obter.
Veja bem, Marcelo: Se a mente pensante oferecer condições favoráveis para o Espírito realizar sua missão de conduzir o processo evolutivo do homem, estará beneficiando o Espírito.
Por outro lado, o Espírito assim favorecido, pode trazer à mente pensante conhecimentos que a racionalidade humana não tem capacidade para obter nem produzir. Ao trazer-lhe estes conhecimentos, o Espírito estará beneficiando a mente pensante.
Nestas condições, ocorre a simbiose, de vez que a mente pensante foi beneficiada pela ação do Espírito e este foi beneficiado pela ação da mente pensante.